8 erros de higienização e desinfecção na indústria de alimentos

Além de indispensáveis para a garantia de qualidade dos produtos que serão consumidos pela população, as práticas de higienização e desinfecção na indústria de alimentos constituem exigências da legislação sanitária aplicável. Portanto, precisam ser adotadas corretamente e mantidas nessa condição.

Existem situações que colocam a indústria em condição irregular, o que contribui para que ela possa ser penalizada pelos órgãos sanitários, além de representarem risco para os consumidores. Em sua maioria, essas situações são caracterizadas por erros cometidos nas decisões administrativas e operacionais.

Continue a leitura e conheça 8 erros de higienização e desinfecção na indústria de alimentos!

1. Utilizar substâncias não autorizadas

Os trabalhos de higienização e desinfecção precisam ser realizados com princípios ativos adequados que são substâncias próprias, eficazes em seu objetivo e autorizadas para o fim a que se destinam. De modo geral, essas substâncias constituem os chamados saneantes, regulados pela legislação sanitária.

Por sua vez, esses produtos podem ser caracterizados como detergentes e também como sanitizantes. Todos os saneantes, no entanto, devem estar registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é o órgão que regula sua utilização e define quais são autorizados para cada fim e como devem ser empregados.

2. Desconsiderar as orientações dos fabricantes dos produtos

Quando um produto é lançado no mercado, ele já foi pesquisado e avaliado, de modo a se definir sua apresentação, a concentração de uso e a forma de aplicação, entre outras determinações. Quando a Anvisa autoriza a comercialização de um produto, ela o faz para determinados fins e na concentração definida.

Esses dados autorizados são aqueles que a indústria apresenta no rótulo do produto como indicações ou orientações do fabricante e precisam ser seguidos. Fugir dessas indicações pode resultar em ação inócua do produto ou em aplicação tóxica, com risco para os usuários e para a população consumidora final.

3. Deixar os produtos nas superfícies por tempo insuficiente

Para que sejam eficazes, os processos de higienização e desinfecção necessitam que a superfície a ser tratada esteja em contato com o produto por um tempo mínimo. Esse é o período indispensável para que a ação sobre partículas e microrganismos consolide a sanitização pretendida.

Para esse fim, cada produto tem o intervalo de tempo necessário para agir eficientemente, segundo sua composição e, sobretudo, o seu princípio ativo. Portanto, como já referido, é preciso sempre levar em conta as orientações do fabricante e não retirar o produto antes que seu efeito tenha sido alcançado.

4. Não ter atenção no momento da aquisição de produtos

A aquisição dos produtos que serão utilizados nos trabalhos de higienização e desinfecção na indústria de alimentos deve ser orientada por profissional experiente para que atenda aos fins pretendidos. No entanto, é preciso que a efetivação da compra se dê seguindo as orientações fornecidas com atenção.

É comum ocorrerem iniciativas de aquisição do produto indicado, mas tomando como referência o menor preço, o que, claro, atrai a atenção do comprador. Pode ser o caso de encontrar o mesmo produto, mas com concentração menor dos princípios ativos. Nesse contexto, ele é indicado para outros segmentos que não a indústria de alimentos.

5. Não capacitar os profissionais de limpeza

Os profissionais que lidam diretamente com as operações de sanitização na indústria de alimentos precisam receber capacitação e treinamento apropriado para a responsabilidade que detêm. É importante que estejam muito bem diferenciados do pessoal da limpeza geral, responsável pelas faxinas comuns.

Máquinas e equipamentos, superfícies de manipulação, embalagens e, por vezes, os próprios produtos devem receber tratamento específico e adequado a cada situação. Em muitos casos, a desinfecção é automatizada, sem qualquer contato manual, e todo esse trabalho precisa ser muito bem dominado.

6. Utilizar produtos com concentração indevida

Como apontado, a utilização da concentração adequada de um produto para o fim a que se destina é crucial para que seja eficiente. Contudo, não é incomum a prática de dissolução maior que a indicada no rótulo, com vistas a economizar o produto, ainda que com sérios danos aos resultados finais.

Na verdade, realizar higienização e desinfecção com soluções cuja concentração está abaixo da recomendação técnica constitui perda de recursos, pois o resultado não será alcançado. Além disso, implanta-se o risco de contaminação com danos futuros aos consumidores e à imagem da indústria alimentícia responsável.

7. Armazenar os produtos de forma inadequada

Todo o cuidado mantido na aquisição correta do produto e nas operações de higienização e desinfecção pode ser perdido quando não ocorre o armazenamento adequado dos produtos empregados. Muitos produtos apresentam princípios ativos que se degradam facilmente se não armazenados corretamente.

Mais uma vez, ressalta-se a importância de seguir as orientações do fabricante. Entre os aspectos que devem ser informados pela rotulagem dos produtos está a sua forma de armazenamento para que não ocorram perdas de eficiência, inocuidade na utilização ou, ainda pior, transformação em um produto tóxico.

8. Não seguir os processos de higienização e desinfecção corretos

Na indústria de alimentos, os processos de higienização e desinfecção devem seguir um fluxo necessário e indispensável, próprio para cada situação ou superfície a ser tratada. De todo modo, devem ser consideradas as seguintes etapas:

  • remoção de sujidades: a retirada mecânica de resíduos do processo industrial, quase sempre oriundos dos próprios alimentos e de suas embalagens, entre outros;
  • higienização das superfícies: lavagem com água pura, por meio de hidrojateamento (quando pertinente), nas superfícies de contato direto com o alimento; nas demais podem ser utilizados produtos próprios para esse fim;
  • desinfecção: utilização de produtos específicos para eliminação definitiva da maioria dos microrganismos.

As diferentes indústrias operam com instalações diversas e, portanto, seus processos de higienização e desinfecção costumam ser diferentes. De maneira geral, no entanto, os passos mostrados acima constituem a regra geral do processo que sempre deve culminar com a desinfecção. O mesmo se dá em estabelecimentos hospitalares.

Como você pode ver, a higienização e desinfecção na indústria de alimentos constituem processos que exigem cuidados próprios e atenção, mas que estão sujeitos a erros que precisam ser evitados para que não existam riscos para os consumidores nem para a segurança dos próprios colaboradores da empresa que realizam as operações.

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