O que é um mapa de risco e como montá-lo corretamente? Confira!

O capital humano é o ativo mais precioso que as empresas podem ter. São as pessoas que movimentam os propósitos e valores do negócio, promovendo diálogo com o mercado e entregando as melhores soluções possíveis. É por isso que as empresas precisam zelar pela saúde, segurança e bem-estar de seus trabalhadores.

Há uma série de mecanismos na legislação para guiar gestores nessa importante missão, mas há uma que vale destaque: a Norma Regulamentadora 9 (NR 9), que estabelece diretrizes para a elaboração de um mapa de risco. Já ouviu falar?

A NR 9, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), estabelece a obrigatoriedade do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) às empresas que exercem atividades consideradas de risco à saúde do trabalhador. O Mapa de Risco é um dos recursos estabelecidos por ela para que empresas e colaboradores tenham ciência dos potenciais perigos do ambiente de trabalho e saibam se preparar devidamente.

Se você quer conhecer mais sobre o Mapa de Riscos, porque e como o fazer, confira o nosso artigo a seguir!

O que é um mapa de risco?

O mapa de riscos pode ser entendido como um levantamento qualitativo dos riscos existentes no ambiente de trabalho.

Ele tem como objetivo reunir e comunicar informações de uma maneira simples e ágil para conscientizar trabalhadores e disseminar boas práticas de segurança, como o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs). Para cumprir esse objetivo, ele pode tanto contemplar toda a empresa, como ser segmentado entre setores.

Os benefícios dos mapas de riscos são muitos, mas o principal deles está em garantir a criação de hábitos de segurança nos trabalhadores; afinal, eles participam desde a elaboração até a implementação dessas boas práticas entre seus times.

Outro ponto que vale destacar é a possibilidade de aprimorar a qualidade do ambiente de trabalho, pois, por meio dos mapas de risco, se identificam pontos vulneráveis que podem ser aprimorados.

Como funciona o mapa de risco no Brasil?

No Brasil, o mapa de risco tornou-se obrigatório em 1992 por meio da portaria n 5 de 17 de agosto do mesmo ano, que alterou a Norma Regulamentadora 9 – referente ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

Aqui em nosso país, o mapa de riscos é inspirado no modelo criado na Itália, durante a década de 60. Lá os trabalhadores usavam um sistema de cores para facilitar a comunicação entre os colegas que, muitas vezes, não dominavam o idioma italiano.

Quando montar o mapa de risco?

No Brasil, como determina a Norma Regulamentadora 5 (NR 5), o responsável pela elaboração do Mapa de Risco é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), em parceria com o Serviço Especializado em Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa.

Dessa forma, a empresa que pretende montar seu mapa de riscos deve observar os itens dos tópicos a seguir.

Estude os riscos

Todos os envolvidos na elaboração do Mapa devem revisar e entender bem quais são os tipos de riscos contemplados na legislação.

Faça a divisão de setores

Para tornar o levantamento dos riscos mais eficiente, indica-se a segmentação da empresa em setores.

Reúna informações

Todos os dados referentes às atividades da empresa devem ser reunidos para facilitar a identificação dos riscos.

Conheça processos de trabalho

Mesmo que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e o Serviço Especializado estejam envolvidos na elaboração do mapa, é importante que todos os trabalhadores sejam ouvidos. Afinal, eles conhecem o dia a dia do trabalho como ninguém. Esse cuidado também lhes dá maior protagonismo.

Faça o diagnóstico e especifique os riscos

Após levantar dados e conhecer a rotina dos colaboradores, equipe deve apresentar um estudo que especifique os riscos presentes e seus graus de intensidade, seguindo a Tabela de Riscos Ambientais prevista na Norma Regulamentadora 9.

Estabeleça critérios para uma avaliação qualitativa

Existe um padrão para mensurar os riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho, conforme apresentamos na seção a seguir!

Determine medidas para prevenção

Aqui, a equipe deve definir medidas para prevenir acidentes e incluí-los no Mapa de Risco.

Providencie a aprovação

O Mapa de Risco deve ser apresentado à CIPA para sua aprovação. Também indicamos que o Mapa de Risco seja submetido para aprovação dos representantes de cada um dos setores avaliados.

Quais são as categorias aplicadas no mapa de riscos?

Como explicamos antes, o mapa de riscos precisa estabelecer critérios para uma avaliação qualitativa de riscos. Geralmente, as empresas associam as cores e tamanhos dos círculos aos agentes e aos graus de risco. Assim:

Grupo 1: Riscos Físicos – Verde

São os riscos vinculados a vibrações, ruídos, transmissão de calor, radiação ionizante e não ionizante, umidade e pressão do ar.

Grupo 2: Riscos Químicos – Vermelho

Eles estão relacionados a névoas, gases, vapores e poeira provindas de agentes químicos.

Grupo 3: Riscos Biológicos – Marrom

São os agentes biológicos que podem causar danos à saúde, como, por exemplo, protozoários, vírus, fungos, bactérias, entre outros.

Grupo 4: Riscos Ergonômicos – Amarelo

São os riscos ergonômicos relacionados ao próprio processo de trabalho, como esforço físico excessivo, movimentos repetitivos, longas jornadas, entre outros

Grupo 5: Riscos de Acidentes – Azul

São os riscos gerados por descuidos – por parte da empresa ou do colaborador –, tais como o uso desprotegido de máquinas, ferramentas com defeitos, armazenamento inadequado, falta ou uso inadequado de EPIs, entre outros.

Quanto à intensidade do risco, utiliza-se a seguinte classificação:

Risco baixo – círculo pequeno

O agente está no ambiente, mas em uma concentração insuficiente para causar danos à saúde dos colaboradores.

Risco médio – círculo médio

O agente está no limite de tolerância estabelecido pela lei, mas pode causar incômodo aos colaboradores, mesmo com o uso de equipamentos de proteção.

Risco alto – círculo grande

O agente está acima do limite de tolerância estabelecido pela legislação, deixando os colaboradores em risco, mesmo com o uso de equipamentos de proteção.

Como contamos, no Brasil, o Mapa de Risco tornou-se obrigatório a partir de 1992. A ausência desse recurso ou elaboração inadequada podem acarretar multas, acidentes graves e descontentamentos no ambiente de trabalho.

Por isso, é tão importante contar com a consultoria de uma empresa capacitada, que busque entender de perto as necessidades de sua empresa e solucioná-las da maneira mais eficaz possível.

Com uma estrutura sólida baseada em responsabilidade social, capacitação profissional e excelência no atendimento, a Verzani & Sandrini vem mantendo uma trajetória de sucesso e garante a satisfação de clientes e colaboradores desde 1967.

Se você quer conhecer mais sobre nossos serviço, entre já em contato

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