Muitos que optam por morar em condomínios tomam essa decisão porque desejam um local mais seguro para suas famílias. No entanto, para que essa sensação de maior proteção seja alcançada, é necessário planejamento e esforço para reduzir as diferentes ameaças à segurança do empreendimento.
A maior parte de casos de invasões em condomínios foram facilitadas por falhas humanas que poderiam facilmente ter sido evitadas. Por isso, os síndicos precisam estar atentos a algumas vulnerabilidades ligadas tanto à gestão quanto a situações motivadas pelos próprios condôminos.
Por isso, vamos destacar, neste artigo, algumas das principais ameaças para a segurança do condomínio, elencando as práticas mais recomendadas para evitar tais problemas.
1. Porteiros mal treinados
Os porteiros são os profissionais que estão na linha de frente no acesso ao condomínio. Está nas mãos deles, também, a responsabilidade de autorizar a entrada de cada pessoa e veículo. Quando porteiros despreparados exercem a função, as vulnerabilidades são ainda maiores. Pessoas mal intencionadas podem aproveitar as falhas para invadir o condomínio e cometer delitos.
Por isso, é fundamental que esses trabalhadores passem por um treinamento adequado. Eles vão aprender as melhores práticas para garantir a segurança da portaria. Isso inclui um bom conhecimento sobre as políticas de acesso ao local, bem como o manuseio de tecnologias e equipamentos que fazem parte da rotina do porteiro.
Esse treinamento precisa ser feito de tempos em tempos, de forma regular, a fim de atualizar o porteiro de possíveis novas diretrizes e relembrar práticas de segurança básicas. Nesse programa, é possível incluir necessidades específicas do edifício, levantadas pelo síndico e pelos condôminos.
2. Moradores não orientados
Muitos problemas de segurança são causados pelos próprios moradores que não cumprem as normas de segurança definidas pelo condomínio, colocando todos os demais em risco. Nenhum sistema de vigilância e controle de acesso será totalmente eficiente sem o auxílio dos condôminos.
Por isso, o síndico precisa buscar formas para orientar as pessoas sobre as melhores condutas e medidas de segurança necessárias. As regras precisam ficar bem claras para todos. Sem essa comunicação, muitos desentendimentos podem ocorrer, especialmente, com o porteiro.
Por exemplo, muitos moradores preferem que suas encomendas sejam recebidas na porta do apartamento. Mas a verdade é que essa comodidade pode representar alguns riscos. Por isso, alguns condomínios determinam que a entrega seja feita na portaria.
No entanto, alguns condôminos podem insistir (e até brigar) com o porteiro para que o entregador entre e leve em mãos, deixando os profissionais em uma situação difícil e constrangedora. Para evitar isso, o síndico pode usar todas as ferramentas que estiverem à sua disposição para “educar” o público do condomínio a esse respeito, como:
- assembleias;
- palestras específicas sobre o tema de segurança;
- mensagens em grupos de WhatsApp;
- telefonemas;
- comunicados e informativos em elevadores e murais.
3. Falta de um plano de segurança
A segurança do condomínio vai além do treinamento dos profissionais e dos dispositivos instalados. Na verdade, tudo isso faz parte de um planejamento bem estudado para garantir a eficiência de todas as ações. Essa etapa deve ser o primeiro passo para eliminar todas as ameaças à segurança do local.
Muitos síndicos caem no erro de pensar que é possível copiar planos de segurança de terceiros, prontos para implementar. Desejam ganhar tempo e evitar o esforço de se debruçar em um estudo mais aprofundado. Isso é um equívoco. Afinal, não existe outro condomínio igual ao seu, pois cada um tem sua própria dinâmica e necessidades.
O plano de segurança é um documento feito em conjunto para evitar falhas. Além dos síndicos e os moradores, é possível contratar serviços especializados para dar orientações específicas nesse momento. Ao longo do planejamento, será feito:
- diagnóstico das necessidades e da situação do condomínio;
- análise de todos os riscos em potencial, incluindo invasões, assaltos, sequestros, incêndios, entre outros;
- plano de segurança patrimonial com regras específicas para a segurança de todos os condôminos;
- por fim, uma análise dos resultados obtidos após a implementação do plano.
4. Ausência de regras para o estacionamento
Garagens em condomínios são foco de muita confusão entre moradores e síndicos. O estacionamento é visto com uma parte acessória da unidade imobiliária pelo Código Civil Brasileiro, artigo 1.339. Dependendo do tipo de vaga, pode ser para uso coletivo ou de propriedade particular.
Mas quanto a sublocar o espaço para moradores externos ao condomínio, a Lei Federal 12.607 passou a proibir a atividade, que antes poderia ser autorizada via Convenção Condominial.
Situações não cobertas pela legislação precisam ser abordadas pelas diretrizes internas do condomínio. Por exemplo, essas vagas são para uso de veículos. Mas pode ocorrer de moradores usarem o espaço como depósito para armazenar objetos ou materiais, colocando a segurança dos demais condôminos em risco.
Condomínios antigos também podem ter dificuldades com vagas presas. Para contornar a situação, algumas gestões orientam os moradores a deixar o veículo solto (sem puxar o freio de mão), fornecer uma chave reserva ou mesmo contratar um funcionário como manobrista fixo do local.
5. Tecnologia ultrapassada
À medida que a tecnologia avança, o conhecimento dos criminosos sobre os novos sistemas também progride. Por isso, equipamentos antigos são tão vulneráveis. Podem facilmente ser desarmados e, assim, representam ameaças à segurança do condomínio.
Pensando nisso, o síndico precisa sempre reavaliar a tecnologia implementada para identificar possíveis falhas e atualizações disponíveis. Além de câmeras e alarmes, já existem no mercado diversos dispositivos de controle de acesso inteligentes, que lançam mão de biometria, sensores e aplicativos em dispositivos móveis para tornar a entrada e saída de moradores mais segura e cômoda.
6. Terceirização de serviços ineficiente
Dependendo do porte do condomínio, é comum que a gestão contrate empresas terceirizadas para cuidar da segurança do local. Além da portaria, companhias de facilities também gerenciam a manutenção e limpeza da infraestrutura.
Para que essa parceria dê certo, porém, é fundamental contar com uma empresa qualificada. Se o serviço for ineficiente, todas as vulnerabilidades que comentamos neste artigo se tornarão evidentes.
Ao buscar uma terceirizada, pesquise empresas reconhecidas no mercado e que tenham profissionais bem qualificados. Informe-se, também, sobre o treinamento dos funcionários terceirizados. Esse tipo de cuidado pode prevenir muitos riscos.
Existem muitas ameaças à segurança do condomínio. Mas todas elas são contornáveis por meio das melhores práticas e tecnologias disponíveis. Além disso, contar com uma empresa parceira especializada auxilia no controle e aumenta a sensação de segurança de todos os condôminos.
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