Conheça quais são as causas da infecção hospitalar!

As causas da infecção hospitalar residem em origens diversas, difíceis de controlar, mas, por isso mesmo, requerem toda a atenção e cuidado. É o aspecto mais delicado e complexo para ser mantido sobre controle e, para o qual, existe uma comissão exclusiva nos hospitais.

As variáveis envolvidas são muitas e incluem o próprio paciente, seus familiares, os colaboradores do hospital, sua infraestrutura e procedimentos adotados, entre outros. É assunto de gente grande.

Quer saber mais? Continue a leitura e conheça quais são as causas da infecção hospitalar.

O que é infecção hospitalar?

O termo técnico que vem substituindo a expressão “infecção hospitalar” é Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). A definição desse tipo de infecção é dada pela Portaria No 2.616/1998, do Ministério da Saúde (MS), nos seguintes termos:

“aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares”.

Em outras palavras, a infecção hospitalar é aquela que você adquiriu ao se internar em um hospital. Nesse caso, não importa se ela se manifeste ou você descubra apenas depois da alta, desde que esteja relacionada com procedimentos médicos adotados ou com o ambiente do próprio hospital.

Ainda segundo aquele importante documento normativo para o controle de infecção hospitalar no Brasil, são critérios para o diagnóstico de infecção hospitalar, entre outros:

  • evidência clínica derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu prontuário;
  • resultados de exames laboratoriais;
  • evidências de estudos com métodos de imagens;
  • endoscopia;
  • biópsia.

Quais as causas mais comuns de infecção hospitalar?

Infecções hospitalares, na sua maioria, são provocadas por bactérias. Esses microrganismos podem ter origem na biota do paciente, de seus acompanhantes ou dos profissionais de saúde, isto é, vivem no corpo humano, externa ou internamente, mas sem acessar o sistema sanguíneo.

Mas, também podem estar presentes em materiais, água e alimentos irregularmente administrados. Para se instalarem em um paciente, dependem de três variáveis:

  • a patogenicidade do microrganismo (capacidade de provocar uma doença);
  • a imunossupressão do indivíduo (capacidade de se defender de patógenos);
  • o tipo de procedimento médico realizado no hospital.

De modo geral, podem ser considerados os aspectos mostrados a seguir como responsáveis pelas infecções hospitalares. Acompanhe!

Higienização precária

Primeiramente, é importante considerar a qualidade da higienização do ambiente hospitalar para evitar a contaminação cruzada, seja no serviço realizado ou no tipo de produtos empregados. Assim, o quarto propriamente, seu mobiliário, roupa de cama e demais apetrechos utilizados, além de uma perfeita higienização de todo o banheiro.

Da mesma forma, pratos, talheres, copos e demais utensílios relacionados à alimentação do paciente devem estar perfeitamente higienizados. O mesmo deve ser dito a respeito das luvas utilizadas pela equipe que traz todos esses componentes até o paciente.

Por sua vez, o material utilizado para ingestão oral de medicamentos, e aferições de temperatura e pressão, entre outras ações de enfermagem junto ao paciente, devem ter sua higienização garantida. Da mesma forma, os materiais utilizados na aplicação de medicação injetável devem ser descartáveis ou esterilizados na unidade.

Finalmente, as áreas mais sensíveis nas quais higienização e esterilização são indispensáveis e nunca excessivas são as salas de cirurgia e a unidade de tratamento intensivo (UTI), principalmente. Nesses ambientes, os protocolos da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) precisam ser rigidamente seguidos.

Doenças preexistentes

Pessoas com doenças preexistentes, sejam crônicas ou não, estão invariavelmente com seu sistema imunológico comprometido ou fragilizado. Em situações assim, a facilidade com que um microrganismo contaminante pode se instalar e conduzir a um processo infeccioso é bem maior.

Nesses casos, costuma-se referir à ocorrência como infecção oportunista, uma vez que o patógeno encontra uma oportunidade para uma investida de sucesso. Na mesma condição se encontram as pessoas que se submeteram a alguma intervenção cirúrgica recente, transplante de órgãos e outras medidas.

Também, pelas mesmas razões, são mais suscetíveis os recém-nascidos e os idosos em função de maior fragilidade de seu sistema imunológico. A vulnerabilidade desses grupos sempre deve ser considerada quando recebem encaminhamento para internação hospitalar.

Uso de certos medicamentos

Diversos medicamentos utilizados para diferentes situações provocam os chamados efeitos secundários ou colaterais. São consequências não pretendidas, mas que constituem muitas vezes o ônus do tratamento.

Nesses casos está, por exemplo, a alteração da biota entérica (flora intestinal) por ação de antibióticos. Também os microrganismos que vivem sobre a pele, no equilíbrio da saúde do corpo, podem ter sua população alterada e, na ausência de concorrência, outros organismos, mas de natureza patogênica, podem se instalar.

Muitos casos são de possibilidades conhecidas e, desse modo, os profissionais de saúde devem considerar e orientar para procedimentos e cuidados complementares. Mas, de toda forma, amplia-se a suscetibilidade do paciente.

Infraestrutura inadequada ou protocolos insuficientes

Quando a Vigilância Sanitária analisa uma planta de uma clínica ou de um hospital para fins de emissão do Alvará Sanitário, ou Licença de Funcionamento, alguns aspectos são primordiais. Entre eles, estão aqueles relacionados à infraestrutura predial e que garantem a segurança sanitária do ambiente. Os principais são:

  • ventilação (troca de ar) mínima necessária;
  • sistema de refrigeração de ar e sua higienização rotineira;
  • tipo de piso para demandas por lavagem e desinfecção;
  • lavatórios nos quartos para higienização das mãos, sobretudo de quem chega;
  • gerenciamento de resíduos.

Além desses aspectos estruturais, a presença de facilidades como sabão líquido disponível, papel toalha ao lado da pia e álcool em gel para desinfecção das mãos, entre outros, são indispensáveis. Deve ser considerada a distância entre os leitos, seja nos quartos, seja na enfermaria.

A CCIH do hospital deve primar por definir, adotar e fiscalizar o cumprimento regular dos protocolos de segurança sanitária. Por vezes, os protocolos são insuficientes ou inadequados e devem ser aprimorados à luz das exigências normativas, especialmente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Como se prevenir da infecção hospitalar?

Essencialmente, a prevenção contra infecções hospitalares depende do cumprimento dos protocolos específicos que norteiam, às vezes, medidas rotineiras. Nesse sentido, devem ser consideradas, entre outras:

  • rigor dos processos de esterilização de equipamentos, instrumentos e materiais;
  • rigor dos processos de higienização dos ambientes, mobiliário, instalações e acessórios;
  • rigor dos processos de higienização pessoal dos colaboradores;
  • adequação da infraestrutura necessária;
  • adoção de regras para os visitantes;
  • protocolos para utilização de medicamentos como antibióticos;
  • fiscalização e monitoramento permanente das orientações da CCIH.

Como você pôde ver, as causas da infecção hospitalar são diversas e podem surgir em diferentes situações. Seu controle depende de medidas preventivas de todos os envolvidos, desde o próprio paciente até os colaboradores do hospital.

Mas, também pode ter origem no histórico da pessoa e no cumprimento dos protocolos, assim como nas instalações do hospital. A adequação desses protocolos e o seu fiel cumprimento estão na base da prevenção para o controle.

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