A engenharia hospitalar é uma área de grande relevância nas instituições de saúde. Nesse sentido, ela abrange uma ampla variedade de atividades. Ainda, sua atuação permeia a gestão de diferentes aspectos da infraestrutura. Por meio de suas ações, garante-se maior segurança aos pacientes e qualidade de trabalho aos profissionais.
O ambiente clínico demanda cuidados muito específicos, sujeitando os profissionais da engenharia hospitalar a diversos desafios que precisam ser superados ou gerenciados. Neste artigo, vamos compartilhar com você algumas dessas dificuldades e dar dicas de como é possível lidar com elas, especialmente neste cenário atual de pandemia. Confira!
O que é engenharia hospitalar?
Trata-se de um dos ramos da engenharia que aplica seus conhecimentos para garantir o bom funcionamento da infraestrutura do hospital. Assim, os profissionais da área são responsáveis por cuidar da manutenção de:
- sistemas elétricos;
- sistemas de climatização;
- sistemas de ar comprimido para a operação de equipamentos clínicos;
- sistemas de comunicação;
- telefonia e internet;
- sistema hidráulico e de vapor;
- gases medicinais;
- manutenção predial.
Ainda, a engenharia hospitalar trabalha em conjunto com a engenharia clínica, sendo essa última responsável pela gestão de equipamentos e tecnologias aplicadas à saúde. Assim, são equipes distintas: a primeira focada na infraestrutura do prédio e a segunda direcionada ao equipamento médico assistencial.
Apesar disso, não podemos reduzir a atuação da engenharia hospitalar às atividades de manutenção. Dentro de um contexto bastante amplo, os profissionais dessa área provêm suprimentos e equipamentos de suporte para o funcionamento do hospital.
Um exemplo está nos gases medicinais, como nitrogênio, oxigênio, ar comprimido medicinal, óxido nitroso, hélio, entre outros. Quem gerencia a operacionalização no recebimento e distribuição desse material é a engenharia hospitalar. Sem esse fornecimento, diversas áreas do hospital podem parar.
Quais são os principais desafios da engenharia hospitalar?
Hoje, a engenharia hospitalar enfrenta diversos desafios que podem comprometer o desenvolvimento da área e a qualidade dos serviços prestados. Conheça alguns deles, a seguir.
1. Atender a normas técnicas exclusivas
A área da engenharia hospitalar precisa atender a normas técnicas específicas, dada a importância vital das atividades executadas nessas instituições. Algumas dessas normas são:
- NBR 7256 — define requisitos mínimos para o planejamento e a execução de instalação de tratamento de ar nos chamados EAS (Estabelecimentos Assistenciais de Saúde). Assim, é preciso adotar as práticas e os equipamentos mais adequados para cuidar das condições do ar desses locais, evitando a contaminação e a proliferação de microrganismos, garantindo a pureza do ar;
- NBR 13534 — cuida dos requisitos técnicos de segurança das instalações elétricas em estabelecimentos de saúde. É um item altamente importante, uma vez que a saúde e a vida dos pacientes estão em jogo, especialmente quando se trata de máquinas que dão suporte à vida;
- NBR 12188 — padrões para o gerenciamento de gases medicinais, como oxigênio, óxido nitroso, além do vácuo em estabelecimentos de saúde;
- NBR 12809 — gerenciamento de resíduo hospitalar.
2. Planejar a manutenção de forma adequada às necessidades do setor
A manutenção da infraestrutura é uma das principais atividades da engenharia hospitalar. O bom planejamento assegura que as edificações e seus equipamentos possam funcionar com o máximo de desempenho, proporcionando maior segurança aos pacientes e qualidade no trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde.
No entanto, a manutenção no ambiente hospitalar carrega muitos desafios. Logo, qualquer erro pode comprometer a saúde e até a vida dos usuários. Assim, tudo precisa ser bem planejado para determinar a melhor hora de remover equipamentos, fazer intervenções ou ajustes.
Nesse sentido, algumas estratégias podem facilitar o trabalho, contribuindo para que a manutenção seja feita com o mínimo de impacto na rotina médica, como a criação de shafts (abertura na alvenaria por onde passam as instalações), áreas e forros técnicos que podem ser facilmente acessados.
3. Gerenciar instalações especiais
Além de normas técnicas específicas, os prédios hospitalares também contam com instalações exclusivas de maior complexidade. Essas áreas precisam ser gerenciadas de modo adequado para garantir a segurança, a confiabilidade e a qualidade dos serviços, que incluem o fornecimento de gases medicinais, geradores e nobreaks para assegurar um fluxo contínuo de energia elétrica, esterilização, climatização, caldeiras, entre outros.
4. Atender às orientações da vigilância sanitária
É dever da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da Vigilância Sanitária, fiscalizar, orientar e autorizar o alvará sanitário de estabelecimentos de saúde. Por isso, a equipe da engenharia hospitalar precisa ter um conhecimento aprofundado das regras e normas da ANVISA, a fim de garantir a continuidade no atendimento.
Com a Covid-19, essa preocupação se tornou ainda maior, uma vez que o não atendimento dos requisitos de higienização dos ambientes e o tratamento inadequado do ar pode colocar em risco a saúde de pacientes, médicos e demais profissionais que atuam no local.
5. Seguir o Plano Diretor Hospitalar
Além das normas técnicas e sanitárias impostas por órgãos externos, a engenharia hospitalar precisa também atender ao conjunto de normas e políticas definidas pela gestão da instituição. Essas normativas formam um documento chamado Plano Diretor Hospitalar, que acolhe diversos aspectos, não apenas médicos, mas também assistenciais, socioeconômicos, administrativos e tecnológicos.
Sendo assim, é importante que as equipes da engenharia hospitalar tenham conhecimento prático do Plano Diretor Hospitalar, a fim de ajustar seu planejamento e suas atividades aos parâmetros e às regras definidas no documento.
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6. A interação com a gestão de obras
A reforma, expansão ou construção de ambientes hospitalares são projetos sempre muito complexos. Afinal, são muitos sistemas interligados que precisam atender às necessidades de profissionais, pacientes, acompanhantes e muitos outros usuários.
Por isso, antes do início da obra, é preciso estabelecer uma boa comunicação com os a gestão hospitalar sobre como será feito o acolhimento de pacientes. Deve-se fazer um mapeamento de todos os setores da instituição e definir qual será o caminho que cada usuário fará nas instalações, seja a partir de recepção em atendimentos eletivos, seja em uma emergência. A falta de interação entre a gestão de obras e a equipe operacional do hospital pode trazer muitos transtornos para pacientes e médicos.
7. Promover a humanização das instalações
Cada vez mais, a atividade médica está sendo voltada para o paciente, tendo esse agente como centro de todo o processo. Por isso, outros aspectos que vão além da medicina são explorados para assegurar a satisfação e a qualidade do atendimento. Nesse sentido, investimentos em áreas verdes, redução em níveis de ruído, melhorias na iluminação, entre outros, são cada vez mais comuns no ambiente hospitalar.
Dessa forma, a engenharia hospitalar precisa não somente acolher a manutenção e o cuidado dessas áreas, mas também adotar uma visão mais humana nas atividades que executam, mesmo que lidem com questões mais técnicas na maior parte do tempo.
Para encarar os desafios que a engenharia hospitalar impõe aos gestores, é indispensável contar com profissionais qualificados que possam contribuir para a eficiência das instalações. A Verzani & Sandrini é uma empresa especializada em serviços terceirizados, com manutenção, limpeza hospitalar, segurança e portaria. Com mais de 52 anos no mercado, reunimos toda nossa expertise para garantir o bom desempenho das suas instalações.
Quer conhecer mais sobre nossas soluções? Então, entre em contato com nossa equipe. Teremos prazer em apresentar para você nosso projeto de parceria para vencer os desafios da engenharia hospitalar!