Fundo de reserva do condomínio: quando posso utilizar?

Sabemos que a contabilidade dos condomínios precisa ser controlada com muito planejamento, transparência e responsabilidade. Por isso, elaboramos este material especial sobre o assunto. Você sabe, por exemplo, qual é a utilidade do fundo de reserva do condomínio? Apesar de ser um elemento comum na gestão, poucos conhecem a importância desse valor. 

Para que não restem dúvidas, elencamos aqui as principais curiosidades sobre o assunto. Aqui, você entenderá o que é esse fundo, porque essa reserva é tão importante, quando é possível utilizar esses recursos e quais os principais erros na gestão desse montante. Então, não perca tempo e acompanhe!

O que é o fundo de reserva do condomínio?

Como sugere o nome, o fundo é uma reserva criada para oferecer segurança, estabilidade e previsibilidade financeira à gestão do condomínio. Afinal, o fluxo de receitas dos condomínios não é tão previsível e constante como um relógio suíço. Com dezenas e até mesmo centenas de condôminos diferentes, é comum que ocorram inadimplências, atrasos e imprevistos. 

Por isso, a constituição de condomínios exige a formação de uma reserva. Essa quantia tem uma série de objetivos, que podem ser emergenciais ou eventuais. Um exemplo é o uso da reserva como um suporte financeiro para investimentos futuros, como reformas, manutenções e outros procedimentos importantes para a integridade e valorização do imóvel. 

Outro exemplo de uso é como uma reserva emergencial propriamente dita. Isso porque, existe uma infinidade de situações inusitadas que podem acontecer na sua gestão, desde inspeções identificando a necessidade de manutenções e reformas urgentes, até uma decisão judicial favorável a um morador, determinando a indenização deste pelo condomínio. 

E um bom condomínio não pode simplesmente chegar a uma situação de insolvência. Afinal, um local com uma gestão financeira despedaçada, endividada e obscura é uma das coisas mais prejudiciais do ponto de vista do mercado imobiliário, pois quase ninguém tem interesse em adquirir imóveis em propriedades repletas de riscos e pendências. 

Qual a importância do fundo de reserva do condomínio?

Na gestão financeira pessoal, existe o que chamamos de reserva emergencial, um “colchão de segurança financeira”, com um valor equivalente a 3 a 6 meses do custo de vida. Para os condomínios, existem os fundos de reserva. Como você bem sabe, a gestão de condomínios é repleta de custos e despesas operacionais, tanto fixas como variáveis. 

Para custear todos esses gastos, é preciso contar com um fluxo de caixa previsível e estável, além de uma reserva razoável, capaz de garantir a solvência prolongada do condomínio mesmo nos piores cenários de inadimplência. Além disso, também vale notar que a saúde financeira do caixa dos condomínios está diretamente ligada à qualidade de vida financeira dos condôminos.

Em tempos de crise, recessão e adversidade, é muito comum observar um aumento drástico da inadimplência, o que vale para condomínios de todos os tipos — residenciais, comerciais e mistos. Ademais, vale notar que a responsabilidade pelo pagamento da contribuição ao fundo é do inquilino, pois ela é embutida na taxa condominial mensal. 

Em meses de imprevisibilidade econômica, tanto o pagamento das taxas de aluguel quanto de condomínio são afetados, bem como o fluxo de caixa disponível para custear as despesas fixas e até mesmo os investimentos que já estavam planejados. É nesse cenário que o fundo de reserva permite superar as adversidades do momento. 

Quando utilizar o fundo de reserva do condomínio?

O uso do fundo de reserva é um tema de muito debate. Isso porque, não há uma legislação específica que determine os casos em que o fundo pode ser usado. No fim, essa determinação acaba sendo uma responsabilidade da convenção condominial que orienta o condomínio em questão, portanto, pode ser ajustado mediante assembleia, proposta e consenso. 

No entanto, o entendimento comum é que o fundo pode ser usado exatamente como uma reserva de emergência, custeando tanto despesas extraordinárias quanto ordinárias. Uma despesa extraordinária é um gasto inusitado, porém fundamental, por exemplo, uma tempestade violenta que derruba uma árvore sobre a piscina. 

Nesse caso, a desobstrução do local, com a remoção, mobilização e descarte adequado da árvore e dos entulhos é uma atividade que custa dinheiro, logo, é um tipo de despesa extraordinária, fora do comum, mas essencial. Já as despesas ordinárias são aquelas rotineiras, previstas pelo condomínio, mas que, por alguma razão, não puderam ser cobertas pelo fluxo de caixa mensal. 

Esse é o caso que exemplificamos no tópico anterior, quando um cenário de inadimplência quase geral obriga a gestão a correr para suas reservas para garantir a realização dos serviços e procedimentos fundamentais à qualidade, limpeza, segurança e gestão do condomínio. No entanto, em todos os casos de uso, existe uma prática que é crucial: a comunicação.

Sempre que o fundo estiver prestes a ser utilizado, é importante reportar essa decisão aos condôminos, seja por meio de um comunicado geral ou durante uma reunião do condomínio, já que a transparência é uma qualidade fundamental para a gestão condominial.

Quais os principais erros na gestão do fundo de reserva do condomínio?

Negligência, desvio, prestação de contas pouco esclarecedora e má comunicação. Da forma como percebemos, esses são os principais erros, não apenas no uso da reserva, mas de praticamente tudo que está ligado à gestão do condomínio e seus recursos. Para evitar esses problemas e percepções, é importante fazer tudo à luz da atenção de todos. 

Quanto mais você engaja os condôminos na gestão, permitindo o acompanhamento da planilha de receitas e gastos, estimulando a participação nas reuniões, maior a transparência na sua gestão e, consequentemente, maior será a satisfação dos condôminos com o trabalho que você está realizando. 

Por isso, é tão importante desenvolver uma boa comunicação. Dessa forma, é possível se aproximar dos moradores, melhorar a sua capacidade de mediação e resolução de conflitos, além de aprimorar a sua argumentação durante as reuniões, apresentando novas propostas e defendendo as vantagens de novos investimentos. 

Gostou desse conteúdo exclusivo sobre o fundo de reserva do condomínio? Então, enriqueça o nosso material deixando o seu comentário aqui, conte-nos um pouco da sua experiência com esse tema! 

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