Para o desempenho sustentável de qualquer organização, é fundamental investir na consolidação de uma gestão de riscos. O mercado muda de maneira acelerada: o comportamento do consumidor está passando por transformações em períodos cada vez menores. Além disso, todos os negócios estão imersos em uma cultura digital, em menor ou maior grau.
Assim, a gestão de riscos deve considerar todas as variáveis estratégicas para a alta performance das empresas. Dentre elas, podemos citar colaboradores, fornecedores, investidores, cliente e comunidade. Então, é uma disciplina 360º que merece a atenção dos gestores que buscam a alta performance nos seus negócios.
Neste post, explicamos os principais pontos sobre a gestão de riscos. Aproveite a leitura!
Afinal, o que significa gestão de riscos?
A gestão de riscos é um conjunto de ações primordial para a execução de uma boa governança corporativa. Assim, é uma frente relacionada ao ESG (Environmental, Social and Governance, ou Meio-ambiente, Social e Governança).
Essa disciplina em estratégia de negócios está ganhando mais holofotes em decorrência da competitividade do mercado e do amadurecimento dos gestores em relação à pauta de desempenho sustentável. Então, a gestão de riscos desempenha um papel importante para que as organizações possam reagir de maneira mais eficiente em momentos de crises.
Na década de 1990, um conceito ganhou destaque no universo corporativo: o mundo Vuca (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), que tentava descrever o comportamento social da época.
Quando eclodiu a pandemia da Covid-19, um termo surgiu para conceituar o novo momento da sociedade com alta aceleração da transformação digital: o mundo Bani (Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível). Hoje, os desafios da governança corporativa estão diretamente relacionados a essas palavras-chave, já que muitas mudanças de comportamento pela pandemia vieram para ficar.
Qual a importância da gestão de riscos?
Garantir a perenidade e a relevância do negócio no mercado é o principal objetivo da gestão de riscos e explica a sua importância na estratégia de empresas. No início deste artigo, explicamos que essa é uma disciplina com um caráter mais amplo, englobado os principais stakeholders de uma organização, sendo eles:
- colaboradores
- investidores
- fornecedores
- clientes
- comunidade
Nesse sentido, a gestão de riscos, dentro de um contexto de governança corporativa, deve garantir que as relações entre empresa e essas partes interessadas aconteça com segurança e com foco no crescimento. A seguir, listamos alguns aspectos que devem ser considerados. Destacamos ser importante fazer um diagnóstico do seu negócio para identificar mais oportunidades de aplicação da gestão de riscos.
Ocorrência de acidentes
Dependendo do segmento e do tipo de produto e serviço que o seu negócio oferece, podem acontecer acidentes com colaboradores, clientes, fornecedores e até relacionados à comunidade. Um exemplo disso é a queda da barragem em Brumadinho (MG).
Um evento como esse é muito crítico e, com uma gestão de riscos eficiente, há estudos para evitar acidentes e uma rotina de controle para garantir a segurança do local. Assim, ao contrário do que do senso comum pode pensar, a gestão de riscos é mais preventiva do que reativa. Nesse cenário, a gestão de risco é aplicada na segurança patrimonial, que acaba se estendendo para outros pilares do negócio.
Perda de estoque
Gerenciar o estoque é uma tarefa complexa. Afinal, há a necessidade de ter bastante sinergia entre as áreas de marketing, vendas e compras para garantir que haja o armazenamento ideal para a projeção de vendas nos períodos.
Uma gestão de riscos em estoque, por exemplo, pode usar a inteligência artificial a seu favor para promover análises preditivas mais certeiras. Além disso, negociar melhores condições com fornecedores e garantir a execução contratual é mais um viés dessa disciplina. Outro ponto que merece atenção é o transporte e armazenagem adequados para evitar perdas e desperdícios.
Aumento de turnover
O turnover é um dos grandes inimigos de qualquer empresa. Atração e seleção de talentos é uma atividade cara. Por isso, investir em estratégias de retenção de colaboradores é fundamental. Assim, a gestão de riscos deve considerar um diagnóstico de mercado, mostrando quanto é o turnover do seu segmento e os principais motivos para isso.
Dessa forma, os gestores têm em mãos informações para definir ações internas de encantamento do colaborador. Há diversos aspectos que influenciam a decisão de solicitar desligamento e implementar uma pesquisa de clima. Fazer um e-NPS é outro caminho interessante.
Crescimento de custos
Dentro do conceito de desempenho sustentável, uma operação deve ganhar escala sem que haja um aumento de custo proporcional ou maior. Ou seja, a razão entre eles deve diminuir, de maneira que torne o CAC (Custo de Aquisição de Cliente) menor e o LTV (Lifetime Value, ou Tempo de Relacionamento) cada vez maior.
Assim, a gestão de riscos nessa atividade visa a identificar possíveis gaps no processo que podem gerar custos não mapeados. Isso deve acontecer com um caráter de melhoria contínua.
Segurança da Informação
Uma das principais preocupações dos gestores da atualidade deve ser garantir a segurança da informação do negócio. Desde a criação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), esse aspecto se confirmou como estratégico para desenvolvimento sustentável dos negócios.
Assim, uma boa prática interessante para gestão de riscos em relação à segurança da informação é implementar tecnologias na operação, como:
- criptografia;
- blockchain;
- business intelligence (inteligência do negócio).
Talvez, a segurança de dados seja uma das maiores preocupações quando pensamos em crise de negócios. Afinal, a maioria das empresas já estão em um contexto digital, com e-commerces e presença em redes sociais.
Proteger o site de ações hackers é uma necessidade: no primeiro semestre de 2022, os ataques cibernéticos no Brasil cresceram 94% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme a FortiGuard Labs.
Como pôr a gestão de risco em prática?
A verdade é que não existe uma receita de bolo para colocar a gestão de risco em prática. O que há são algumas ações considerando o quanto uma crise pode impactar negativamente os objetivos do negócio. Sendo assim, listamos algumas atividades necessárias para isso:
- realizar um diagnóstico organizacional;
- definir uma política de gestão de riscos;
- contar com uma área de Compliance;
- envolver os colaboradores no tema;
- investir em transformação digital;
- definir métricas de sucesso;
- implementar uma cultura de melhoria contínua.
Com estas dicas, você tem um mapa interessante para estudar e viabilizar uma gestão de riscos inteligente no seu negócio. Lembre-se de que garantir o registro de documentação, a formalização e a conformidade com a legislação é fundamental para evitar problemas no futuro. Isso vale para qualquer área do negócio, principalmente, Suprimentos e Tecnologia da Informação.
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