Quando se fala de manutenção preventiva hospitalar, é preciso considerar sua extensão e complexidade. São muitos itens que precisam de um olhar experiente a fim de garantir segurança e saúde para pacientes, colaboradores e visitantes.
Para isso, algumas dicas podem ser muito valiosas para o gestor organizar os trabalhos de sua equipe. Além disso, é importante avaliar constantemente os resultados alcançados com os trabalhos de manutenção.
Continue a leitura e conheça 7 dicas para uma manutenção preventiva hospitalar eficiente.
O que é a manutenção preventiva hospitalar?
A manutenção preventiva hospitalar é um conjunto de medidas que buscam garantir o bom funcionamento e a higienização dos equipamentos médicos e do ambiente do hospital. É um componente essencial da gestão hospitalar e deve ser realizada por meio de ações programadas e concebidas dentro de um plano de manutenção.
Para esse fim, todos os equipamentos, assim como as instalações hospitalares, devem ser abrangidos. Os principais objetos da manutenção preventiva hospitalar podem ser assim destacados:
- controle ambiental dos medicamentos (temperatura e umidade);
- sistema de refrigeração de ar;
- sistemas elétrico e hidráulico;
- sistemas de gás e de aquecimento;
- sistemas de monitoramento e segurança (câmeras, travas elétricas);
- manutenção predial (higienização e cuidados com a edificação).
A importância desse trabalho reside especialmente na segurança e proteção à saúde de colaboradores e pacientes. Além da sensação de estar em um ambiente seguro, ele é responsável por evitar acidentes e falhas durante a realização de exames ou procedimentos médico-hospitalares.
Considere, por exemplo, o abastecimento de oxigênio para pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI): se houver falha no fornecimento, os danos podem ser irreparáveis à saúde do paciente e à integridade do hospital.
Quais as principais dicas para uma boa manutenção preventiva hospitalar?
Como você pode perceber, a manutenção preventiva hospitalar é indispensável para a segurança e saúde de todos. Assim, implementá-la requer uma atenção especial e cuidados compatíveis com a realidade e complexidade locais.
De toda forma, leve em consideração as dicas seguintes, pois são universais e certamente serão de grande valia para a sua gestão. Acompanhe!
1. Elabore um plano de prevenção
Para não falhar nem deixar para trás aspectos ou pontos importantes em sua abordagem, a manutenção preventiva deve ser planejada. Esse planejamento deve conter um cronograma de trabalho, que vai conduzir as ações da equipe de manutenção, distribuindo-as ao longo de cada mês.
Para esse fim, antes de elaborar o plano, faça um diagnóstico de tudo que deverá ser considerado na abordagem preventiva. Com isso, nada ficará esquecido e as atividades empreendidas pela equipe poderão alcançar a eficácia necessária.
2. Faça uma inspeção geral nos equipamentos
Qualquer equipamento, antigo ou moderno, deve ser verificado com atenção e de modo detalhado, a fim de avaliar suas condições gerais e a existência de alguma irregularidade específica. Essas inspeções devem anteceder as operações efetivas de manutenção. Na verdade, terão destaque dentro da programação planejada.
Considere, ainda, a importância de garantir as condições de higiene desses equipamentos. De maneira geral, requerem uma boa higienização, especialmente aqueles instalados em ambientes de internação de pacientes mais suscetíveis a riscos de contaminação.
3. Realize testes
Cada equipamento possui padrões mínimos de desempenho que precisam ser verificados, de modo que se possa garantir disponibilidade quando sua utilização for requisitada. Por vezes, o funcionamento irregular é fruto da ausência de uma adequada manutenção (lubrificação, por exemplo), cujos cuidados presentes poderão regularizar o desempenho.
Dessa forma, a realização de testes imediatamente antes dos procedimentos de manutenção poderá indicar alguma demanda, auxiliando o seu atendimento. O mesmo deve ser considerado com relação à calibragem de alguns equipamentos, cuja necessidade pode aparecer em um simples teste.
4. Execute a higienização
Em uma unidade hospitalar, os maiores cuidados preventivos dizem respeito às condições de higiene. Isso se aplica não apenas à higienização de hotelaria, mas também às instalações, aos equipamentos e instrumentos e a todo material utilizado na assistência médico-hospitalar.
Assim, quando se trata de ambientes de cuidados com saúde, a higienização assume um significado muito mais amplo, tanto do ambiente quanto dos equipamentos e objetos. Portanto, o serviço deve ser conduzido por equipe treinada para esse fim.
5. Registre as atividades realizadas
Equipamentos médicos, de maneira geral, são normatizados, e a legislação para esse fim é rigorosa. Na verdade, a infraestrutura e as atividades também podem ser avaliadas por um sistema de acreditação hospitalar.
Além disso, é preciso que a possibilidade de rastreamento seja garantida. Portanto, faça registro de todas as manutenções que forem conduzidas. Tenha atenção com as medidas de correção e adequação que a situação encontrada durante a manutenção exigiu. Na ocorrência de qualquer irregularidade posterior, pode-se avaliar as correções executadas, além de demonstrar que a manutenção preventiva está em dia.
6. Monitore as estruturas
Para a realização de uma manutenção preventiva hospitalar, é preciso levar em conta as condições das estruturas prediais e das instalações de grandes máquinas e equipamentos. Para isso, avalie como estão os seguintes itens, entre outros:
- instalações elétricas (fiação, quadros elétricos);
- tubulações e condutores de água, ar e gases;
- pintura, presença de trincas, sinais de umidade na estrutura predial (piso, paredes, teto, portas e janelas);
- imobiliário;
- ambiente de armazenamento de medicamentos, vacinas e material de assistência médico-hospitalar;
- sistema de condicionamento de ar;
- equipamentos e instalações dos sistemas de segurança;
- geradores de energia;
- caldeiras.
7. Aposte em profissionais especializados
Todo o trabalho de manutenção preventiva no hospital deve ser realizado da forma mais adequada e necessária. É preciso que a própria equipe responsável e o gestor local estejam seguros das medidas adotadas, assim como dos resultados alcançados.
Para isso, é importante contar com profissionais habilitados em seus quadros e que se harmonizem com toda a equipe. Suas avaliações, orientações e respostas aos diferentes problemas que surgirem farão toda a diferença na condução dos trabalhos.
Como mensurar os resultados obtidos?
As diversas operações que compõem a manutenção preventiva hospitalar e seus resultados devem ser avaliados para o seu aprimoramento. Além disso, devem ser mensurados os resultados alcançados com o trabalho realizado pela equipe de manutenção.
Para todas essas situações, o melhor caminho é a adoção de indicadores aplicados sobre os dados registrados nos respectivos relatórios da manutenção executada. Os principais indicadores que podem ser empregados são:
- cumprimento do plano de manutenção (cronograma, relação de itens);
- tempo médio entre a ocorrência de novas falhas após a última manutenção;
- tempo médio consumido nos reparos (quando há demanda);
- tempo de disponibilidade da instalação ou equipamento (sem necessidade de reparo);
- redução na incidência de não conformidades.
Como você pôde ver, a manutenção preventiva hospitalar é indispensável e precisa alcançar resultados que garantam a saúde e a segurança de todos em um hospital. Existem medidas a serem tomadas, partindo da elaboração de um plano de manutenção preventiva e chegando à mensuração dos resultados obtidos.
Você já realizou esse tipo de manutenção? Conte um pouco da sua experiência ou registre o seu comentário sobre o assunto deste post!
