Medidas de proteção à saúde e segurança: conheça a biossegurança

Nosso objetivo é promover informações que auxiliem a prevenir, minimizar e eliminar a exposição aos riscos ocupacionais, sejam eles biológicos, químicos ou físicos, presentes nas atividades operacionais dos agentes de higienização responsáveis pelo serviço de limpeza e desinfecção em instituições de saúde, evitando incidentes e acidentes e preservando a integridade física do colaborador.
Afinal, atuar em ambientes que oferecem Serviços de Saúde é um desafio. Por isso, nós, da Verzani & Sandrini, atuamos com processos estruturados e profissionais qualificados para identificar os riscos e atender às necessidades das instituições, seguindo os padrões legais do Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho.
Desta forma, trabalhamos para que sejam evitadas contaminações cruzadas e exposições a riscos desnecessários, tanto do paciente quanto dos funcionários durante o processo de trabalho.

Afinal, o que é biossegurança?

A palavra biossegurança é uma designação genérica da segurança das atividades que envolvem organismos vivos (bio quer dizer vida). É uma junção da expressão “segurança biológica”, voltada para o controle e procedimentos para evitar ou minimizar os riscos de atividade potencialmente perigosas que envolvem organismos vivos, estamos aplicando a BIOSSEGURANÇA, ou seja, adotamos um conjunto de ações voltadas à prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que possam comprometer a saúde do homem, dos animais e do meio ambiente e diminuir a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Sendo assim, para execução das atividades operacionais de forma segura, se faz necessário o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs), a adoção de técnicas seguras de manipulação e descarte de resíduos biológicos, a implementação de protocolos de limpeza e desinfecção, entre outras medidas.

Norma Regulamentadora 32 (NR-32): o que é e por que é tão importante na área da saúde?

A NR-32 é uma norma regulamentadora que estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. É importante para promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores e garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável, minimizando os riscos de acidentes e doenças ocupacionais relacionadas à exposição a agentes biológicos, químicos e físicos.

As regras contidas nessa norma classificam como risco biológico aos profissionais da área da saúde a exposição a agentes biológicos durante o período de trabalho.

Com relação aos agentes biológicos, eles são classificados como príons (agente infeccioso), microrganismos (geneticamente modificados ou não), toxinas, culturas de células e parasitas. Todos os detalhes quanto à classificação dos agentes biológicos estão contidos nesta norma regulamentadora.

A NR-32 estabelece que as regras a serem seguidas sobre a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (por meio de documentos físicos ou por sistema eletrônico), visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas. O PGR deve ser composto, no mínimo, por dois documentos:

  1. Inventário de Riscos Ocupacionais, que compreende as etapas de Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos, de modo a estabelecer a necessidade de medidas de prevenção;
  2. Plano de Ação, onde se estabelecem as medidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, de modo a eliminar, reduzir ou controlar os riscos ocupacionais.

A NR-32 estabelece que, com relação ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, além das regras previstas na NR-07, é necessário abranger: programa de vacinação para os trabalhadores; procedimentos de vigilância médica dos trabalhadores com maior potencial de exposição; avaliação e reconhecimento dos riscos biológicos; uma relação completa que contenha nome completo dos trabalhadores, função exercida, local em que executam as atividades e todos os riscos aos quais estão expostos; e localização de todas as áreas de risco de acordo com os parâmetros estabelecidos nessa NR.

A NR-32 define critérios específicos quanto à vacinação dos trabalhadores. São eles:

  1. Cada trabalhador deve receber o comprovante de todas as vacinas recebidas;
  2. Todos os trabalhadores têm direito à vacinação gratuita para imunização de doenças como difteria, tétano, hepatite B e todas aquelas contidas no PCMSO;
  3. Os procedimentos de vacinação devem estar totalmente de acordo com recomendações do Ministério da Saúde;
  4. A norma também determina que a vacinação seja registrada em um prontuário clínico individual do trabalhador, de acordo com as regras contidas na NR-07;
  5. É de responsabilidade do empregador controlar a eficácia da vacinação sempre que houver recomendações do Ministério da Saúde e também providenciar vacinas de reforço quando necessário.

É preciso que a rotulagem original das embalagens de produtos químicos usados nos serviços de saúde seja mantida. Todos os recipientes que contenham produtos químicos fracionados ou manipulados devem ser identificados de maneira legível, sendo etiquetados com o nome do produto, a composição química, a concentração, a data de envase e de validade e o nome do responsável pelo fracionamento ou pela manipulação.

Após conhecer detalhes da NR-32, veja a seguir alguns pilares com as recomendações para proteção à saúde e segurança das equipes operacionais.

Principais pilares de proteção à saúde e segurança das equipes operacionais

Para promover a proteção à saúde e segurança das equipes operacionais, listamos abaixo alguns pilares importantes, com medidas específicas de gestão.

1. Avaliação e plano de prevenção de riscos

Antes de iniciar qualquer trabalho, é essencial realizar uma avaliação detalhada dos riscos envolvidos. Isso inclui identificar os perigos potenciais relacionados às atividades, equipamentos, produtos químicos, ambientes de trabalho, entre outros fatores. Compreender esses riscos é o primeiro passo para implementar medidas de prevenção adequadas. O plano de prevenção de riscos é uma ferramenta que contém o conjunto de ações voltadas à identificação, classificação, ao mapeamento e tratamento dos riscos inerentes à atividade praticada pela equipe operacional, permitindo prevenir sua ocorrência ou reduzir os danos. Sendo assim, ao realizarmos o plano de prevenção de riscos, conseguimos:

  • Identificar, classificar e mapear os riscos intrínsecos às atividades operacionais;
  • Propor medidas de prevenção e tratamento dos riscos, minimizando seus efeitos até níveis aceitáveis dentro de padrões de segurança específicos em cada atividade, lincando os indicadores de gestão com os processos operacionais;
  • Promover a saúde e segurança da equipe operacional, proteção ao meio ambiente e gestão de incidentes.

Com isso, ao realizar planos de prevenção é possível lidar com situações imprevistas, como acidentes de trabalho, derramamento de produtos químicos ou incêndios. As equipes de higienização devem estar cientes dos procedimentos a serem seguidos em caso de emergência e ter acesso aos recursos necessários para prestar assistência imediata, se necessário.

Realizar avaliações periódicas de segurança para identificar áreas de melhoria, revisar os procedimentos de prevenção de acidentes e garantir que as medidas de segurança sejam atualizadas conforme necessário. A aprendizagem contínua e a adaptação às mudanças são fundamentais para manter um ambiente de trabalho seguro para todos.

2. Recomendações de adequações das instalações

As instalações de serviços de saúde devem estar adequadas às normas de biossegurança da NR-32. Isso inclui a disponibilidade de áreas específicas para manipulação de materiais biológicos, como laboratórios, áreas de isolamento para pacientes com doenças contagiosas e espaços para armazenamento seguro de resíduos biológicos, químicos e radioativos. Além disso, as instituições de saúde devem ser projetadas conforme as especificações técnicas da RDC 50, que é uma resolução que estabelece as diretrizes básicas para planejamento, elaboração e aprovação de projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS).

Essa norma visa garantir a segurança, a funcionalidade e o conforto ambiental dos estabelecimentos de saúde, bem como prevenir e minimizar impactos com riscos biológicos aos usuários da instituição.

3. Uso de adornos e equipamentos de proteção individual

Todos os profissionais de higienização devem utilizar os EPIs de acordo com o risco específico das suas atividades realizadas. Por exemplo, nos serviços de limpeza e desinfecção, é comum o uso de luvas, máscaras respiratórias e óculos de proteção para evitar a contaminação por microrganismos patogênicos. Os EPIs devem ser fornecidos pela instituição e estar em conformidade com as normas de segurança estabelecidas na NR-32.

Em instituições que oferecem serviços de saúde, é proibido o uso de adornos durante as atividades operacionais. Neste sentido, todos os colaboradores deverão ser orientados a retirar anéis, relógios, pulseiras, brincos, eentre outros, antes de iniciarem as suas atividades.

4. Protocolos de higienização de superfícies, coleta e transporte de resíduos

A instituição deve implementar procedimentos operacionais rigorosos de limpeza e desinfecção de superfícies, com os padrões de recursos materiais e sua utilização, equipamentos, máquinas, EPIs e EPCs, produtos químicos saneantes, eentre outros. Nos Serviços de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde competem os procedimentos para a remoção de sujidades, detritos indesejáveis e microrganismos presentes em qualquer superfície, visando manter o ambiente dentro dos padrões estabelecidos.

As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em cada local (críticas, semicríticas e não críticas). Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecções, além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção das superfícies. O objetivo da classificação das áreas dos serviços de saúde é orientar as complexidades, as minuciosidades e o detalhamento dos serviços a serem executados nesses setores, de modo que o processo de limpeza e desinfecção de superfícies esteja adequado ao risco.

A desinfecção é o processo de redução do número de microrganismos patogênicos a níveis considerados seguros para a saúde humana, utilizando ações mecânicas associadas a agentes químicos e/ou físicos, como o uso produtos químicos desinfetantes com ação antimicrobiana e até mesmo equipamentos de desinfecção com radiação de luz ultravioleta (UV-C).

Nos últimos anos, os equipamentos de luz ultravioleta têm se destacado nas instituições de saúde nos procedimentos de desinfecção de superfícies, pois tem-se comprovado cada vez mais a sua eficiência e eficácia na eliminação de microrganismos patogênicos, proporcionando maior segurança aos usuários dos ambientes.

A manipulação, o transporte e o descarte seguro dos resíduos de saúde são essenciais para evitar a disseminação de agentes infecciosos. Isso inclui procedimentos para coleta, transporte, armazenamento e descarte adequado dos resíduos, especialmente dos materiais biológicos (agulhas usadas, ampolas, entre outros). Os resíduos biológicos são classificados em diferentes categorias, como resíduos infectantes, patogênicos, químicos e radioativos, e cada tipo requer medidas específicas de manipulação e descarte, de acordo com normas e regulamentos de biossegurança.

Ao adotar e manter práticas alinhadas com os requisitos legais, as instituições de saúde demonstram seu compromisso com a segurança e a saúde de todos os envolvidos, contribuindo para um ambiente de trabalho seguro e livre de riscos biológicos, químicos e físicos.

5. Capacitação e treinamentos

As equipes de higienização devem receber treinamentos técnicos e capacitação adequada em segurança e saúde ocupacional com períodos preestabelecidos, além dos diálogos de segurança programados. Isso inclui orientações sobre o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), procedimentos seguros de trabalho, manuseio de produtos químicos, procedimentos operacionais, entre outros aspectos relevantes para prevenção de acidentes.

6. Supervisão e monitoramento

É importante que as equipes sejam supervisionadas regularmente por profissionais qualificados. Essa supervisão inclui monitorar o cumprimento dos procedimentos de segurança, identificar potenciais desvios ou riscos durante as atividades e oferecer suporte e orientação conforme necessário. Estabelecer canais de comunicação eficientes entre as equipes e o time responsável pela segurança do trabalho permite trocas de informações relevantes, relatos de incidentes ou condições inseguras, atualizações sobre procedimentos de segurança, entre outros aspectos que contribuem para a prevenção de acidentes.

Ao adotar essas medidas preventivas e promover uma cultura de segurança e saúde ocupacional, as empresas podem reduzir significativamente os riscos de acidentes de trabalho e acidentes ambientais para os colaboradores que atuam na higienização.

A Verzani & Sandrini possui núcleo técnico e time operacional composto por profissionais especializados em saúde e que garantem o cumprimento das legislações de biossegurança e sua regulamentação na prestação dos serviços de limpeza e desinfecção.

Portanto, as práticas de biossegurança são essenciais para garantir a segurança dos profissionais que trabalham com agentes biológicos, prevenir infecções cruzadas, proteger o meio ambiente e manter a integridade dos materiais e equipamentos utilizados em atividades operacionais.

Quer saber mais sobre nossos serviços na área de saúde? Acesse www.verzani.com.br/blog/category/servicos-em-saude e fique por dentro dos conteúdos do nosso blog.

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