Saiba como fazer um plano de manutenção para a sua empresa

Um dos maiores transtornos na cadeia produtiva industrial é a sua interrupção por defeitos no maquinário — equipamentos que em um dia estavam em pleno funcionamento e, no outro, param de operar. Isso faz com que prazos não sejam cumpridos e gastos extras apareçam no orçamento. Sem contar que os produtos são confeccionados sem o padrão de qualidade exigido.

Para acabar com esse tipo de problema, a melhor alternativa é a manutenção preventiva. Além de acompanhar o desempenho periódico dos equipamentos, ele previne futuras falhas, antes que realmente aconteçam. Uma boa forma de aplicar essa técnica é unir um plano de manutenção à gestão financeira estratégica da empresa.

É sobre isso que falaremos neste post. Quer saber mais? Continue a leitura!

O que é um plano de manutenção?

Toda indústria que valoriza a sua gestão de preservação de equipamentos deve dar atenção especial ao plano de manutenção. Afinal, ele é um dos responsáveis pelo sucesso desse setor. O plano de manutenção é um documento, ou uma série deles, em que são registradas todas as informações relevantes sobre uma máquina e as análises da sua performance.

Na prática, isso implica estabelecer uma periodicidade para que o equipamento seja vistoriado. São anotados, também: a frequência com que a manutenção deve ocorrer, o nome da máquina e o seu tipo, onde está localizada, os materiais e as peças que foram trocados ou sofreram algum tipo de alteração e o nome do responsável por fazer esse trabalho.

O plano funciona como um roteiro de fiscalização das ferramentas e máquinas, devendo seguir um padrão. É interessante deixar o manual de instruções do equipamento sempre junto ao documento, pois se precisar ser consultado, estará à mão.

Por que fazer um plano de manutenção?

Os benefícios de criar um plano de manutenção para a sua empresa são inúmeros. Os impactos são sentidos, principalmente, nos resultados e na produtividade. Veja, agora, algumas dessas vantagens!

Diminui o número de falhas

Quando as máquinas são monitoradas e vistoriadas periodicamente, o número de falhas e defeitos sofre uma queda considerável — isso porque os erros de produção são identificados com antecedência, o que permite soluções mais rápidas e, até mesmo, uma intervenção preventiva.

Aumenta a segurança dos operadores

Equipamentos com irregularidades são um risco à saúde e à segurança no trabalho. Peças soltas e maquinário desregulado ou desajustado podem ocasionar acidentes que seriam evitáveis com uma manutenção preventiva eficiente.

Melhora a vida útil dos equipamentos

Manter os cuidados descritos no plano de manutenção vai melhorar e aumentar a vida útil dos equipamentos. Uma máquina usada de maneira inadequada sofrerá desgastes desnecessários, o que aumenta a sua depreciação e causa prejuízos financeiros e na produtividade.

Reduz custos

A manutenção corretiva — aquela que se faz quando a máquina já apresenta algum defeito ou parou totalmente de funcionar — é muito mais dispendiosa que a manutenção preventiva.

Peças precisam ser compradas com urgência, e isso impossibilita melhores condições de negociação. Técnicos devem ser chamados às pressas e cobram um valor mais alto para isso. Logo, fazer um plano de manutenção preventiva vai resultar diretamente na redução de custos.

Então, em resumo, podemos listar os seguintes benefícios:

  • aumento da vida útil do maquinário;
  • mais segurança e redução de acidentes;
  • diminuição de quebras, falhas, defeitos e tempo de inatividade;
  • aumento da produtividade;
  • padronização dos processos;
  • mais organização do setor de compras;
  • maior controle dos custos operacionais, com redução de despesas com manutenção;
  • diminuição das paradas na produção, com o melhor cumprimento dos prazos;
  • aumento da qualidade dos produtos e serviços;
  • previsibilidade dos processos.

Por que incluir o plano de manutenção na gestão financeira estratégica?

À primeira vista, podem parecer temas entre os quais não há conexão. Mas a verdade é que como a gestão financeira leva em consideração todos os setores de uma empresa, também deve incluir o plano de manutenção das máquinas e equipamentos.

Imagine que uma indústria não realiza um planejamento de manutenção. Assim, certo dia, uma das máquinas apresenta defeito. Com isso, toda a cadeia de produção é prejudicada, causando atrasos na entrega do produto.

Pensemos em outro cenário: pela falta de manutenção preventiva, um equipamento apresentou certa falha que passou despercebida pelos funcionários. Desse modo, continuou em funcionamento, mas produzindo peças com defeito ou baixa qualidade.

Em ambos os casos, há prejuízo para a empresa, pois esses problemas podem resultar na perda da venda ou, até mesmo, do cliente para os qual estava produzindo as peças. Além disso, nesses casos, o maquinário deverá passar por uma manutenção corretiva, cujo custo é mais elevado que a preventiva.

Tanto a parada inesperada da produção quanto o valor pago pelo reparo da máquina impactam negativamente o orçamento da empresa, prejudicando seus resultados financeiros. Por esse motivo, é imprescindível que o plano de manutenção industrial faça parte da gestão financeira estratégica.

7 passos para elaborar um plano de manutenção

Agora que você já sabe o que é um plano de manutenção e os benefícios que ele traz para a indústria, vai aprender como elaborar um para o seu negócio em apenas 7 passos. Acompanhe!

1. Recolha dados

Antes de começar a fazer o plano de manutenção propriamente dito, é preciso coletar os dados mais relevantes para elaborar um planejamento completo. Então, faça um inventário de todas as máquinas da indústria.

Junto a isso, coloque o ano em que foram adquiridas, os principais defeitos e falhas que apresentam e outras informações relevantes que venham no manual do equipamento.

2. Faça um checklist

A gestão da manutenção deve ser padronizada para que todos saibam os procedimentos que devem seguir. Um checklist vai ajudar a atingir esse objetivo. Ele precisa conter todas as etapas da manutenção, porque assim facilitará o trabalho do responsável pelos exames periódicos de cada equipamento.

3. Elabore um orçamento

O orçamento é a fase do plano de manutenção em que os custos serão mensurados, depois do checklist feito e de o responsável avaliar as condições das máquinas. É importante que sejam relatadas, por escrito, todas as anomalias encontradas. Assim, o supervisor vai elaborar uma lista das peças que devem ser trocadas e enviar para o setor de compras para que sejam feitas cotações de preços.

4. Capacite sua equipe

A sua equipe de colaboradores deve ser treinada e periodicamente atualizada para colocar o plano de manutenção em prática. Assim, não apenas os operadores das máquinas devem saber identificar quando a manutenção deve ser feita, como o também, o setor de compras deve estar alinhado para que não falte peças de reposição, por exemplo.

Para que isso aconteça sem imprevistos, custos maiores ou atrasos, é preciso realizar uma gestão financeira estratégica. Isso significa que os responsáveis pelo setor financeiro devem incluir tanto os custos com manutenção quanto com a reposição de peças. Tudo isso demanda conhecimento, treinamento e capacitação constante do seu time de colaboradores.

5. Defina um cronograma

Após os defeitos serem identificados e a solicitação para as compras das peças ter sido feita, o próximo passo é elaborar um cronograma para que o funcionamento da máquina seja interrompido e as correções e trocas sejam realizadas. Essa paralisação é parcial ou total, a depender do nível do conserto, devendo ser programada depois de consultar e acordar o processo com o setor da produção.

6. Supervisione a manutenção

A supervisão e o acompanhamento contínuo da manutenção permitem manter o padrão de qualidade. Além disso, é possível estabelecer o horário de entrada e saída do local, o preenchimento do relatório de forma correta e se certificar de que todos os procedimentos foram executados devidamente.

7. Analise os indicadores de produtividade

Efetuados todos os passos anteriores, é interessante avaliar e comparar os efeitos do plano de manutenção, conferindo se os objetivos pretendidos foram atingidos e o que pode ser melhorado ao longo do processo. Para tal, crie parâmetros e indicadores de produtividade. Alguns índices que é possível criar são:

  • tempo médio gasto na manutenção;
  • produtividade por homem/hora;
  • intervalo entre os reparos;
  • horas trabalhadas na produção;
  • tempo médio entre falhas — MTBF;
  • tempo médio para reparo — MTTR;
  • eficácia geral do trabalho — OLE;
  • on time in full — OTIF;
  • on time delivery (percentual de entregas realizadas no prazo) — OTD;
  • qualidade/conformidade;
  • eficiência global dos equipamentos — OEE;
  • nível de utilização da capacidade instalada;
  • tempo de inatividade;
  • rentabilidade por máquina.

É importante identificar quais indicadores são os mais adequados para a sua empresa. Para isso, é preciso levar em consideração não apenas o porte e o segmento do negócio, mas também, suas particularidades e processos que fazem parte do fluxo de produção.

Outra dica fundamental é utilizar softwares para gerar os indicadores e fornecer relatórios. Desse modo, não haverá erros de cálculos e, ainda, será mais fácil analisar todas as métricas.

Elaborar e aplicar a cultura do plano de manutenção industrial na sua empresa trará benefícios no médio e longo prazo. A implantação dos procedimentos precisará de ajustes iniciais, mas uma vez colocados em prática e perpetuados com consistência, ao longo tempo, as chances de sucesso serão muito maiores.

Os benefícios serão sentidos, principalmente, no aumento da lucratividade e da produtividade — além, é claro, do total cumprimento dos prazos e da melhoria na experiência do cliente.

Quer encontrar as melhores soluções para a sua indústria? Então, entre em contato conosco e saiba como a Verzani & Sandrini pode ajudar sua empresa!

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