O aumento da procura por imóveis em condomínios deve-se principalmente ao conforto e à segurança que esses empreendimentos oferecem. Assim, manter o local bem protegido deve ser uma das grandes preocupações de um síndico.
Nesse contexto, é imprescindível contar com um plano de segurança, que consiste em um conjunto de ações com o objetivo de garantir a proteção dos moradores, de seus bens e propriedades.
Pensando nisso, elaboramos um passo a passo supercompleto para que você monte um projeto de segurança eficaz para o seu condomínio. Confira!
Faça um diagnóstico
O primeiro passo é fazer um diagnóstico da situação atual da segurança do condomínio. Assim, analise se há um sistema de segurança, como ele funciona, quais equipamentos são utilizados, se eles atendem às necessidades do empreendimento, possíveis falhas, entre outros pontos.
Além disso, também é necessário compreender a fundo como funciona a portaria, se as normas são seguidas tanto pelos funcionários quanto pelos moradores, como é feito o controle de acesso ao condomínio e quais tecnologias são empregadas.
E, observe o entorno do local, se os muros são suficientemente altos para impedir que alguém os escale e invada o ambiente, se há árvores que bloqueiam a visão de alguma área, entre outros fatores.
A partir disso, é possível identificar falhas e deficiências, apontar melhorias e escolher os melhores procedimentos a serem utilizados.
Analise os riscos
A próxima etapa é fundamental para o projeto de segurança e consiste em examinar os riscos e ameaças do ambiente, ou seja, analisar o grau de periculosidade de determinada região. A partir disso, é possível entender como a proteção do condomínio deve ser melhorada.
Então, faça um levantamento de todas as ameaças e vulnerabilidades existentes, suas causas e possíveis consequências. Em seguida, classifique-as de acordo com a gravidade e a probabilidade de essas situações ocorrerem.
Realize em planejamento tático
Depois de classificar os riscos, o responsável pelo projeto de segurança deve fazer um levantamento sobre as medidas ideais para cada ameaça. Para isso, é preciso analisar cada uma delas e estipular ações, como:
- controlar o risco — adotar ações de segurança que permitam ter mais controle sobre determinado risco, diminuindo os danos que ele pode causar;
- transferir o risco — por meio da contratação de seguros;
- assumir o risco — quando o custo para reduzir o risco é maior que o prejuízo causado caso ele venha a ocorrer;
- evitar o risco — realizar determinada ação com a finalidade de anular a ameaça.
Determine as medidas de segurança
Em conjunto com o planejamento tático, é essencial definir quais medidas serão tomadas para cada risco. Podemos dividir as ações em:
- medidas organizacionais — normas de segurança, procedimentos internos, programas de treinamento para a equipe de segurança, programas de integração e conscientização dos moradores e dos funcionários;
- medidas de segurança física — guaritas, portarias, barreiras físicas, contratação de serviço de ronda motorizada e vigilantes terceirizados;
- medidas de segurança eletrônica — circuito fechado de câmeras de vigilância, instalação de equipamentos para controle de acesso, cerca elétrica, portaria remota, entre outros.
Elabore um planejamento operacional
O passo seguinte é fazer um planejamento que envolve operações práticas que vão garantir a segurança no condomínio. Uma maneira muito eficaz é utilizar a ferramenta chamada 5W2H, que consiste em definir:
- what — o que será feito;
- why — por que será feito;
- where — onde será feito;
- when — quando será feito e qual o prazo para seu término;
- who — quem fará;
- how — de que forma será feito;
- how much — quanto custará.
É importante fazer esse planejamento para cada risco apontado nas etapas anteriores. Isso garantirá maior controle e eficiência sobre as medidas adotadas. Além disso, por se tratar de um condomínio, é fundamental ter transparência em todos os processos, e não seria diferente com o projeto de segurança.
Implemente o projeto
Agora é hora de implementar o projeto de segurança. No caso de estabelecer novas regras de segurança, é preciso que todos os moradores e funcionários do condomínio sejam comunicados. O ideal é conscientizá-los sobre a importância de todos seguirem as regras.
Como infelizmente nem todos seguem, também é importante estipular penalidades para o não cumprimento.
Por usa vez, para a instalação de novos dispositivos ou para a contratação de serviços de segurança, é necessário contar com empresas experientes e de renome no mercado. Isso garantirá a qualidade e a eficiência dos serviços e produtos.
Faça uma avaliação
Em seguida, o recomendado é fazer uma avaliação por meio de inspeções técnicas e simulações de segurança para analisar se o projeto está de acordo com o que foi planejado e se ele vai surtir efeito conforme o esperado.
Aliás, apenas com uma avaliação técnica de funcionamento é possível garantir a segurança necessário dos equipamentos instalados.
Acompanhe os resultados
Depois de elaborar o planejamento e implementar as medidas, é preciso acompanhar os resultados do projeto de segurança para analisar se eles estão como o esperado ou se é preciso fazer ajustes.
A propósito, o monitoramento deve ser feito constantemente, e não somente logo após a implementação das medidas.
Faça manutenções regulares dos dispositivos
É extremamente importante manter em dia as manutenções preventivas de todos os equipamentos de segurança que foram instalados. Essa medida evita que eles falhem e comprometam a proteção do local e, ainda, diminui a necessidade de manutenções corretivas, que geralmente são mais caras.
Mas não são somente os dispositivos que precisam ser revisados. Os funcionários do próprio condomínio e os terceirizados também devem passar por atualizações constantes. No caso dos terceirizados, a empresa prestadora é a responsável. No entanto, certifique-se de eles passem por capacitações regulares.
Revise o projeto de segurança
Em alguns casos, é necessário revistar o projeto de segurança do condomínio. As situações mais comuns são quando há:
- mudança na estrutura perimetral do condomínio;
- alterações geográficas, sociais ou políticas na região onde está localizado o empreendimento;
- chegada de morador que necessite de medidas especiais de segurança;
- ocorrência de dano grave a alguém ou a algum patrimônio;
- queda relevante nos indicadores de desempenho.
Nesses casos, é preciso refazer todo o projeto para garantir a segurança dos moradores.
Como você viu, o desenvolvimento de um projeto de segurança passa por diversas etapas e requer trabalho, mas vale a pena. Desse modo, a administração do condomínio será mais transparente e mais eficaz, garantindo a satisfação, bem-estar, qualidade de vida e proteção dos usuários e das unidades do empreendimento.
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