Os resíduos de serviços de saúde são resultantes das atividades desenvolvidas nas instituições de saúde (hospital, clínica ou laboratório). Sua gestão e operações requerem técnicas e cuidados protocolares que necessariamente devem ser seguidos.
A ausência dos processos e procedimentos leva a situações de riscos de biossegurança e de infecção relacionada à assistência à saúde, podendo gerar acidentes de trabalho provocados pelos próprios resíduos, especialmente, os perfurocortantes descartados de forma indevida pelos profissionais de saúde e aumento de casos de infecção hospitalar, ocasionados por falhas de procedimentos relacionados a contaminações das superfícies.
O assunto é de caráter técnico e precisa ser conduzido e administrado com responsabilidade.
Quer saber mais? Continue a leitura e entenda qual a importância do manuseio correto do resíduo hospitalar.
O que é o lixo hospitalar?
A terminologia correta é resíduos de serviço de saúde (RSS), ficando o termo “lixo” para utilização pelo leigo. Esse chamado lixo hospitalar, na verdade, é constituído por todos os resíduos gerados em uma unidade de saúde, qualquer que seja, assim, um consultório pode gerar RSS como agulhas (perfurocortantes) que devem seguir fluxo de coleta, transporte, armazenamento e tratamentos adequados, conforme as normativas nacionais e regionais.
Os RSS recebem uma classificação segmentada por grupos, em função de suas características e riscos que podem afetar ao meio ambiente e a saúde. De acordo com a RDC Nº 222 de 28/03/2018 Anvisa/MS e CONAMA 358 de 29/04/2005, os resíduos são classificados em cinco grupos:
· Grupo A – Infectantes
· Grupo B – Químicos
· Grupo C – Radioativos
· Grupo D – Comuns e Recicláveis
· Grupo E – Perfurocortantes
Alguns desses se subdividem em subgrupos, como A1, A2 e outros, desta forma, são organizados para diminuir ainda mais os riscos, especialmente, os relacionados à coleta, transporte e tratamento (destino final).
Quais os riscos de seu manuseio incorreto?
Pode ou não haver riscos no manuseio de RSS, a depender do grupo de resíduo que estiver sendo manuseado. Desse modo, resíduos infectantes como material com sangue contaminado, assim como perfurocortantes (agulhas, lâminas e outros), trazem riscos de contaminação das superfícies e de acidentes com cortes ou perfurações, respectivamente. Por essa razão, no manejo de RSS existe um processo lógico que poderia ser referido como “a jornada do resíduo”, iniciando no seu local de geração até o abrigo temporário, do abrigo temporário até o abrigo central e do abrigo central até o local de tratamento e destino final. O primeiro procedimento nesse percurso é a segregação na origem, isto é, o descarte e separação do resíduo considerando o grupo de RSS no momento em que é gerado.
Todos os resíduos gerados no ambiente devem seguir o padrão de descarte adequados, neste momento é importante observar as cores dos cestos e os sacos dos resíduos, os símbolos nas etiquetas e as descrições/informações, e se houver possibilidade, consultar o PGRSS (Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde) da unidade, pois neste documento constará todas as informações padronizadas sobre cada grupo de resíduos.
Quando não há segregação, os diferentes tipos de RSS são misturados e todo o conteúdo deve ser considerado contaminado, devendo ser armazenado em saco específico (infectante). Quando o manejo é incorreto ou existem falhas na utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs), o profissional coletor pode se colocar numa situação de risco, como ter contato com resíduos infectados com microrganismos patogênicos, ou com substâncias químicas perigosas, ou até mesmo com radiação, podendo ter consequências importantes à saúde. Além de problemas com manuseio, o descarte incorreto dos RSS pode ser agente de danos ambientais muito sérios. Assim, a jornada do RSS deve envolver operações adequadas, desde sua origem até a sua destinação final em local próprio e licenciado para esse fim:
SEGREGAÇÃO > ACONDICIONAMENTO > ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO > ARMAZENAMENTO PARA COLETA > TRANSPORTE > TRATAMENTO > DESTINAÇÃO FINAL.
Por que terceirizar os serviços de higienização e coleta de resíduos em serviços de saúde?
Os serviços de higienização são muito importantes em uma instituição de saúde, sobretudo por razões de biossegurança. Os profissionais da coleta devem desenvolver suas atividades operacionais de forma técnica, visando a segurança e saúde de todos, devem praticar suas atividades cumprindo as normativas do PGRSS e legislações vigentes, especialmente, quanto ao manejo dos sacos de resíduos, uso de EPIs, uso de carros coletores e containers para transporte interno e armazenamentos dos resíduos, além dos cuidados com a limpeza e desinfecção dos equipamentos, acessórios e das superfícies; higienização das mãos e de seus EPIs; também devem receber capacitação técnica para a função.
Além de todas estas garantias que os serviços de higienização devem proporcionar aos seus colaboradores, também devem apoiar e garantir a segurança sobre a utilização dos produtos desinfetantes mais adequados aos riscos biológicos, uso de equipamentos modernos e novas técnicas de higienização regularizadas pela Anvisa, neste sentido, é ideal que os serviços sejam realizados e administrados por uma empresa especializada e experiente, e com isso, os gestores administrativos da instituição poderão se dedicar a outras tarefas estratégicas.
Como você pôde ver, os procedimentos relacionados ao manuseio e descarte dos resíduos de serviços de saúde requer atenção, cuidados técnicos específicos e gestão dos processos, por essa razão, é recomendável que estes serviços operacionais sejam conduzidos por uma empresa especializada.
Entre em contato com a Verzani & Sandrini e descubra como sua gestão pode ser aprimorada com a terceirização dos serviços de higienização na sua instituição (hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios).