Entenda como realizar a coleta e transporte de resíduos e roupas sujas em hospitais

As atividades de coleta e transporte de resíduos hospitalares, assim como de roupas sujas no hospital, envolvem riscos de contaminação. Por esse motivo, principalmente, se faz necessário adotar procedimentos técnicos operacionais, embasados em normas e legislações da ANVISA/Ministério da Saúde.

Essas normas precisam ser seguidas, assim como o licenciamento para estas atividades. Diversos cuidados precisam ser tomados para que as tarefas se conduzam de modo seguro e não sejam cometidas infrações à legislação aplicável ou erros técnicos por parte dos colaboradores responsáveis.

Quer saber mais? Continue a leitura e entenda como realizar a coleta e transporte de resíduos e roupas sujas em hospitais.

Qual a importância da coleta e transporte de resíduos hospitalares?

A gestão adequada dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) é fundamental para minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores, pacientes, visitantes e ao meio ambiente, além de estar em conformidade com as regulamentações e normas estabelecidas pelas autoridades competentes (legislações sanitárias, ambientais e segurança do trabalho). É importante que os hospitais, clínicas, laboratórios e outras instituições de saúde tenham planos de gerenciamento de resíduos bem estruturados, incluindo a segregação correta dos resíduos na fonte, o treinamento dos funcionários, o uso de equipamentos de proteção individuais adequados, a contratação de empresas especializadas para o transporte e destinação final dos resíduos, entre outras medidas para garantir a segurança e proteção de todos os envolvidos e diminuição dos riscos inerentes. Assim, para ilustrar, são exemplos de resíduos:

·        seringa e agulhas;

·        frascos de medicamentos diversos;

·        algodão, ataduras, gaze e outros com restos de sangue e fluidos corporais;

·        máscaras e luvas cirúrgicas;

·        equipos de soro (para aplicação endovenosa);

·        cateteres;

·        materiais descartáveis em geral.

Você pode perceber pelos exemplos acima os riscos de acidentes ou de contaminação se não houver um adequado controle desses resíduos desde a sua geração. Para esse fim, toda instituição de saúde, gerador de RSS deve obrigatoriamente, elaborar o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).

O PGRSS é um documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente; Dada a diversidade existente entre esses resíduos e, consequentemente, as diferentes formas de manejo, os RSS foram classificados em grupos. Acompanhe!

Como são classificados os resíduos hospitalares?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), assim como o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) elaboraram uma classificação para os RSS adotada em todo o país. Nessa classificação, consideram-se 5 grupos desses resíduos:

·        Grupo A (Resíduos infectantes): inclui resíduos que contêm agentes biológicos que apresentam risco de infecção, como culturas e amostras de micro-organismos, tecidos, órgãos e etc.

·        Grupo B (Resíduos químicos): engloba resíduos que contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, como medicamentos vencidos, reagentes para laboratório e produtos químicos.

·        Grupo C (Resíduos radioativos): abrange resíduos que contenham radioatividade, como materiais radioativos utilizados em exames diagnósticos e terapias.

·        Grupo D (Resíduos comuns e recicláveis): inclui resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico, como papel, papelão, plástico e vidro.

·        Grupo E (Resíduos perfurocortantes): são materiais que podem causar perfurações ou cortes, como agulhas, lâminas de bisturi e ampolas de vidro.

Lembramos que, a elaboração do PGRSS começa com um inventário dos RSS gerados no hospital e sua classificação. Isso é indispensável, pois, cada tipo requer uma abordagem diferenciada para a segregação na origem, armazenamento e posterior coleta e transporte.

Como é feito o transporte dos resíduos do hospital?

O transporte dos resíduos hospitalares é uma atividade crucial para garantir que os resíduos sejam manuseados, transportados e dispostos adequadamente, seguindo as normas e regulamentações aplicáveis. Esse transporte geralmente realizado por empresas especializadas em gerenciamento de resíduos, que possuem a licença e o treinamento adequado para lidar com esse tipo de material. O profissional utiliza um coletor com rodas ou carro de coleta para acondicionar e transportar internamente os sacos com resíduos.

O processo pode variar dependendo das regulamentações locais e das práticas adotadas por cada hospital, mas em geral, envolve os seguintes passos:

Segregação: Separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos estabelecida no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos;

Acondicionamento: Os resíduos hospitalares são segregados e acondicionados corretamente em recipientes adequados, que são projetados para evitar vazamentos e contaminações. Isso pode incluir o uso de sacos plásticos resistentes, caixas de papelão, tambores ou recipientes rígidos, dependendo do tipo de resíduo.

Identificação: Os recipientes de resíduos hospitalares devem ser identificados de forma clara e visível, com rótulos ou etiquetas que indiquem o tipo de resíduo contido e os possíveis riscos associados.

Coleta: Os resíduos acondicionados são coletados em veículos apropriados para o transporte de resíduos, que são projetados e equipados de acordo com as regulamentações aplicáveis. Esses veículos são geralmente adaptados para evitar vazamentos e contaminações durante o transporte.

 

Armazenamento temporário interno: Abrigos de resíduos internos (expurgos) e abrigos de resíduos central (final).

Transporte externo: Os resíduos hospitalares são transportados para um local de destino apropriado, que pode ser uma instalação de tratamento, incineração, aterro sanitário ou outro local autorizado para o tratamento e disposição de resíduos perigosos ou não perigosos, de acordo com as regulamentações locais.

Documentação: É comum que os resíduos hospitalares sejam acompanhados por documentos de transportes, como manifestos de resíduos ou outros registros que contemplam informações relevantes sobre o transporte, incluindo o tipo de resíduo, quantidade, origem e destino.

Procedimentos inadequados podem trazer consequências para a saúde dos próprios funcionários, assim como um acidente em trânsito destes resíduos pode criar situações de riscos para pessoas e para o meio ambiente.

A forma de coletar e de transportar os RSS até o local de tratamento para posterior destinação final é regulada e precisa atender às boas práticas definidas em legislação aplicável à atividade. Assim, o pessoal envolvido com o transporte deve estar capacitado para essa tarefa, uma vez que se trata de uma rotina diária.

Além da capacitação, os profissionais que realizam a coleta e o transporte devem estar adequadamente paramentados com os equipamentos de proteção individuais (EPIs) aplicáveis.

O veículo utilizado deve ser adequado para o tipo de resíduo que será transportado. Também em função dos resíduos que carrega, placas de sinalização específicas devem ser afixadas no veículo conforme padrão definido em normas pertinentes. Nesse sentido, considere que todo gerador de resíduos continua responsável até a destinação final.

Transporte de roupas sujas hospitalares

A abordagem utilizada para o transporte de roupas sujas de ambiente hospitalar deve seguir procedimentos semelhantes aos aplicados aos RSS. A principal diferença é que as roupas não são encaminhadas para destinação final, e sim para lavanderias internas (setor presente dentro da propria Instituição) ou lavanderias externas especializadas para que cumpra este papel.

Como você pôde ver, a coleta e transporte de resíduos hospitalares constituem atividades que exigem procedimentos rígidos e, por essa razão, as boas práticas aplicáveis são normativas obrigatórias e fiscalizadas pelos órgãos competentes, especialmente a Vigilância Sanitária local. Os diferentes grupos em que são classificados esses resíduos acabam por exigir procedimentos adequados para cada um, assim como capacitação dos funcionários envolvidos.

São atividades de grande responsabilidade, cuja experiência e profissionalismo faz toda a diferença. Além disso, quando conduzidas por empresa experiente e regularmente licenciada, torna-se instrumento de segurança para o hospital e tranquilidade para o gestor.

Considere, portanto, a Verzani & Sandrini sua parceira nessa atividade. A experiência acumulada e seu posicionamento no mercado são as credenciais que você precisa. Entre em contato conosco e descubra por que podemos construir a parceria que você precisa.

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