O que é Manutenção Centrada em Confiabilidade?

Um dos fatores mais indispensáveis para o excelente desempenho de qualquer empresa é a gestão da manutenção. Hoje em dia, com novas tecnologias surgindo a todo momento e com a alta competitividade do mercado, é essencial e necessário manter os equipamentos em ordem para não ter surpresas com quebras e falhas. Por isso, é preciso ter a confiabilidade de que os processos vão cumprir com o que eles foram projetados para fazer. Para tanto, existe a Manutenção Centrada em Confiabilidade!

Esse tipo de manutenção tem foco na segurança e na confiabilidade dos equipamentos, dos ativos do negócio, ou seja, por meio dessa manutenção busca-se manter softwares e máquinas dentro de todos os parâmetros necessários.

Despertamos seu interesse? Então, continue acompanhando o texto para entender mais sobre esse assunto tão relevante. Vamos mostrar o conceito, os objetivos, as perguntas e também as etapas para a implementação. Boa leitura!

O que é Manutenção Centrada em Confiabilidade? É o mesmo que RCM?

Sim, é a mesma coisa. Em inglês, RCM significa Reliability-centered Maintenance, o que pode ser traduzido para Manutenção Centrada na Confiabilidade. Bom, não importa se você vai nomear RCM ou MCC, o que importa mesmo é que ela não pode ficar fora de estratégias de prevenção para reduzir possíveis custos e danos que podem ser facilmente evitados.

Mas, afinal, o que é a Manutenção Centrada em Confiabilidade? Podemos resumir afirmando que se trata de um método estruturado para definir a estratégia mais eficiente de manutenção. Tal metodologia reúne, de forma equilibrada, as melhores técnicas de manutenção.

Ao assegurar disponibilidade e confiabilidade de itens que são considerados críticos para a produção de uma fábrica, sem dúvidas, a RCM surge como uma estratégia imprescindível de gestão de ativos dentro de um empreendimento.

Como a Manutenção Centrada em Confiabilidade surgiu?

A Manutenção Centrada em Confiabilidade surgiu em indústrias aéreas há mais de 25 anos, a partir da análise das políticas de manutenção da aviação civil. No começo da década de 1970, os primeiros conceitos desse tipo de manutenção foram elaborados e documentados em alguns trabalhos científicos.

O primeiro evento que foi publicado como o “surgimento” da RCM foi a necessidade de fazer a certificação de uma nova linha de aeronaves Boeing 747, nos Estados Unidos. O avião tinha incríveis níveis de automação incomparáveis na época, conseguindo transportar uma capacidade de passageiros 3 vezes maior que o maior avião de então.

Mas as metodologias comuns de manutenção jamais atenderiam às exigências para que ele fosse certificado, além de custar muito caro. Logo, esse foi o pontapé para criar uma força-tarefa, em 1968, na United Airlines.

A missão não era nada fácil, porém os engenheiros desenvolveram uma política de manutenção que garantiu a confiabilidade operacional dos aviões. Surgia, então, a Terceira Geração da Manutenção.

Qual o principal objetivo da Manutenção Centrada em Confiabilidade?

O objetivo principal da RCM é reunir as técnicas de manutenção mais eficientes sempre focando na confiabilidade. Entre as principais preocupações operacionais estão:

  • analisar falhas;
  • definir procedimentos;
  • desenvolver critérios de priorização com base em fatores econômicos;
  • analisar probabilidades de recorrências;
  • desenvolver práticas seguras e eficientes envolvendo o custo-benefício para combater erros.

O foco da Manutenção Centrada em Confiabilidade é fazer apenas o necessário para conseguir manter um ativo confiável e disponível e, consequentemente, sustentar os sistemas em funcionamento adequado.

Isso nos leva a pensar também na ideia do Lean Manufacturing, ou seja, de fazer mais com menos — o que se consegue por meio do uso de processos mais eficientes utilizando o mínimo de recursos sem perder qualidade.

Quais são as perguntas feitas na Manutenção Centrada em Confiabilidade?

A norma SAE JA1011 determina alguns critérios que são exigidos para que uma estratégia de manutenção seja chamada de Manutenção Centrada em Confiabilidade. Nesse sentido, tal regulamentação define que 7 perguntas sejam respondidas para implementar a metodologia:

  • quais são os padrões de desempenho e as funções do equipamento no contexto atual da operação?
  • Como os ativos podem ter falhas ao cumprirem tais funções?
  • O que pode provocar essas falhas?
  • O que ocorre quando acontece cada uma das falhas?
  • Quais são as possíveis consequências de cada falha?
  • O que é possível fazer para detectar ou impedir a ocorrência das falhas?
  • O que é possível fazer caso não haja uma medida preventiva para tais ocorrências?

Essas perguntas dão uma perspectiva muito relevante sobre as necessidades dos ativos e a realidade atual. A partir disso, é possível implementar a Manutenção Centrada em Confiabilidade cumprindo as etapas do próximo tópico.

Quais são os passos para a implementação da RCM?

Na sequência, trouxemos as etapas resumidas para você entender como funcionam os processos de implementação da Manutenção Centrada em Confiabilidade na prática. Confira!

Selecione os equipamentos que serão analisados

O passo inicial é selecionar quais serão os equipamentos analisados. O ideal é priorizar os equipamentos críticos para a operação e eleger os gastos com a manutenção escolhida anteriormente.

Conheça as funções e os limites dos sistemas

Caso você tenha optado por um equipamento crítico para ser analisado, agora é preciso conhecer as funções que ele desempenha, assim como suas entradas e saídas. Por onde opera e quais são as partes operantes?

Identifique os modos de falha do sistema

Não deixe de listar todas as formas pelas quais a função do sistema pode apresentar falhas. Tente incluir também a análise do percurso dos equipamentos e todo o seu ciclo de produção.

Descubra as principais causas das maneiras de falhas

Agora, certamente você vai precisar do auxílio de operadores e de técnicos do equipamento, pois quem opera o equipamento, sem dúvidas, conhece mais sobre os modos de falha, podendo, assim, identificar a possível causa do problema.

Analise os efeitos das falhas

Essa é uma etapa para relacionar todos os efeitos das falhas. As falhas dos equipamentos podem prejudicar a produtividade, a segurança e demais equipamentos. Para a análise das falhas, algumas perguntas são indispensáveis:

  • esse modo de falha resulta em pausa parcial ou total das operações?
  • Esse modo de falha tem alguma implicação de segurança?

Com as respostas, você vai conseguir fazer uma análise bem mais aprofundada. Os modos de falha incluem somente os que têm probabilidade de ocorrer sob condições reais de operação.

Defina uma tática de manutenção para cada maneira de falha

Depois de determinar todas as características das falhas, você pode escolher qual vai ser o tipo de manutenção em cada ativo da empresa. Lembrando que o sistema ABC é o método mais comum.

Como funciona? Bom, as falhas dos equipamentos são classificadas em “A” quando as falhas são de maior impacto; em “B” para as falhas com impacto mais moderado e em “C” para as que não geram muitas alterações no processo produtivo.

Normalmente, para os equipamentos denominados “A”, o ideal é fazer a manutenção preditiva. Para os do tipo “B”, é indicada a manutenção preventiva. Por fim, para os definidos como “C”, é possível fazer a manutenção corretiva.

Implemente e faça uma revisão da manutenção

Após tudo estar bem desenhado, é o momento de colocar todo o plano em prática. Não se pode esquecer de revisitar o planejamento constantemente, verificar se os resultados estão positivos e realizar mudanças sempre com o objetivo de melhorar o processo continuamente.

Com a implantação da RCM, a empresa consegue conquistar mais confiança por parte dos clientes. Além disso, o objetivo da companhia passa a ser garantir a disponibilidade dos equipamentos, assegurando, com isso, maior produtividade no dia a dia.

Enfim, com o tempo você vai notar que a implantação da Manutenção Centrada em Confiabilidade traz muitas vantagens para todos os setores do negócio. Afinal, ganha-se mais segurança, confiabilidade, redução dos possíveis danos causados à natureza, melhoria na qualidade dos produtos e muito mais eficiência na aquisição de bens com um custo menor.

Gostou de saber mais sobre a Manutenção Centrada em Confiabilidade? Aproveite a visita em nosso blog para aprender mais. Leia também o texto “Você sabe o que é a manutenção corretiva? Entenda a fundo neste post!”.

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