5 principais cuidados da equipe de apoio em área de isolamento hospitalar

A área de isolamento hospitalar ou de precaução foi desenvolvida para garantir a preservação do paciente, dos profissionais de saúde e dos visitantes do contágio por microrganismos infecciosos. Ao mesmo tempo que procura impedir que entrem patógenos nesse ambiente, também evita que pessoas saiam contaminadas.

Manter essa área em condições de limpeza e desinfecção adequadas é função da equipe de higienização que atuam no hospital, constituídas por profissionais experientes e devidamente capacitados para essas tarefas essenciais e conhecedores das boas práticas.

Quer saber mais? Continue a leitura e conheça os 5 principais cuidados da equipe de higienização em áreas de isolamento hospitalar.

1. Conhecer os diversos tipos de isolamento

Uma área de isolamento em uma unidade hospitalar tem o objetivo de proteger o paciente, assim como os profissionais de saúde e visitantes, de possíveis contágios através de microrganismos patogênicos ou prevenir uma possível contaminação de pacientes imunossuprimidos. De modo geral, são considerados cinco tipos de isolamento que devem ser conhecidos pela equipe de higienização:

●      isolamento padrão: A precaução padrão visa reduzir os riscos de transmissão de microrganismos no hospital que constituem basicamente em higienização das mãos, uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) caso seja necessário, manejo e descarte corretos de materiais perfurocortantes e resíduos. Os Epi’s utilizados nessa precaução são: Luvas de borracha, óculos de segurança e máscara cirúrgica ou PFF2/N95 (Os EPI’s deverão ser alinhados com a SCIH da instituição).

●      isolamento de contato: São medidas aplicadas para a prevenção da transmissão de agentes infecciosos através de contato direto ou indireto com o paciente ou ambiente. Em hospital, usamos principalmente para pacientes colonizados por bactérias multi-resistentes. Os Epi’s utilizados nessa precaução são: Avental manga longa descartável, luvas descartáveis ou de borracha, máscara cirúrgica e calçado de segurança (Os EPI’s deverão ser alinhados com a SCIH da instituição).

●      isolamento por gotícula: São indicadas para evitar a transmissão de agentes infecciosos pelo depósito de gotículas nas mucosas (nariz, boca, olhos) de pessoas suscetíveis. Mantêm-se no ar por curta distância (1 metro), desta forma a transmissão exige uma proximidade com o paciente. Os Epi’s utilizados nessa precaução são: luvas descartáveis ou de borracha, máscara cirúrgica e calçado de segurança (Os EPI’s deverão ser alinhados com a SCIH da instituição).

●      isolamento por aerossol: Os aerossóis são partículas ainda menores que as gotículas. Falar, espirrar, tossir e procedimentos médicos que envolvem secreções respiratórias também podem gerar aerossóis. Essas pequenas partículas permanecem suspensas no ar por algumas horas e podem ser carregadas por correntes de ar, movimentando-se. Os EPI’s utilizados nessa precaução são: luvas descartáveis ou de borracha, máscara PFF2 ou N95, óculos de proteção calçado de segurança (Os EPI’s deverão ser alinhados com a SCIH da instituição).

●      isolamento reverso: O isolamento reverso é usado para impedir que o paciente seja infectado por outros. O isolamento reverso é necessário quando o sistema imunológico do paciente não está funcionando bem, como depois de um transplante de medula óssea ou após ter recebido quimioterapia. Os EPI’s utilizados nessa precaução são: Avental manga longa descartável, luvas descartáveis ou de borracha, máscara cirúrgica OU N95/PFF2, óculos de proteção e calçado de segurança (Os EPI’s deverão ser alinhados com a SCIH da instituição).

Cada tipo de isolamento requer abordagens diferenciadas pelos profissionais de saúde, com procedimento padrão operacional, equipamentos de proteção individuais específicas para cada tipo de isolamento. Para as equipes de higienização nos trabalhos de limpeza e desinfecção, esse é um conhecimento que aprimora ainda mais as ações tomadas conscientemente e os cuidados adotados.

2. Garantir a higienização do ambiente de isolamento

Quando um paciente é conduzido a uma condição de isolamento ou de precaução, é indispensável que o local tenha passado por rigorosos processos de limpeza e de desinfecção. Não apenas o ambiente propriamente requer esse cuidado, mas tudo o que chega a essa área e por ali transita.

Cabe a equipe de higienização garantir essa condição inicial do ambiente para recebimento do paciente e desempenho dos profissionais de saúde. E, com esse objetivo, é preciso seguir as boas práticas determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que são específicas para determinadas situações.

Os profissionais médicos e enfermeiros que atuam nessas áreas devem promover a higienização das mãos antes de adentrarem o isolamento. Assim, os dispensadores de sabonete líquido, álcool 70% e toalhas descartáveis precisam estar permanentemente abastecidos, assim como disponíveis os recipientes para os resíduos.

Leve em conta que sua equipe deve ser constantemente capacitada e sensibilizada para as rotinas operacionais. Muitos procedimentos referidos nas boas práticas são obrigatórios e passíveis de fiscalizações.

3. Tomar cuidado com a higienização e desinfecção pessoais

Uma área de isolamento ou de precaução em uma unidade de saúde exige atenção e cuidados maiores a fim de evitar contágios e circulação de microrganismos. Assim, a própria pessoa, ao transitar ou tocar em superficies dos ambientes, pode deixar contaminantes que trazia consigo.

Por essa razão, durante a rotina de limpeza e desinfecção, é indispensável que cada membro da equipe mantenha seus recursos e materiais devidamente higienizados. Além disso, é preciso estar com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e exclusivos para cada área.

Isso significa que, no desempenho de suas atribuições e rotinas operacionais, as equipes devem se paramentar exclusivamente para os trabalhos no ambiente de isolamento. Assim, ao final de cada procedimento, deverão descartar os recursos utilizados, bem como, higienizar os materiais reutilizáveis no expurgo, que deve estar previsto no controle de infecção hospitalar.

4. Promover o adequado gerenciamento dos resíduos

A coleta e o armazenamento temporário devem seguir o planejamento constante do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) da instituição, como os cuidados específicos para áreas de isolamento. A equipe deve ser devidamente capacitada nesses procedimentos e nos cuidados devidos. Por esse motivo, principalmente, se faz necessário adotar procedimentos técnicos operacionais, embasados em normas e legislações da ANVISA/Ministério da Saúde.

Nesse sentido, os procedimentos devem prever horários (que podem ser ajustados sob demanda médica), assim como a própria rota ou percurso na condução dos resíduos coletados. As boas práticas do gerenciamento de resíduos avaliam cada circunstância e situação existente no encaminhamento adotado.

5. Conhecer e seguir os protocolos locais de higienização e desinfecção

A higienização e desinfecção adequadas em ambientes de isolamento hospitalar e precaução são de extrema importância para garantir a segurança de pacientes, profissionais de saúde e visitantes. É fundamental que as equipes responsáveis por essas atividades sejam capacitadas e conheçam os protocolos estabelecidos pela ANVISA/Ministério da Saúde, bem como os protocolos locais da propria instituição de saúde.

A pandemia de Covid-19 ressaltou ainda mais a importância da limpeza e desinfecção em todos os ambientes hospitalares. Falhas ou descuidos na higienização podem representar riscos à saúde de todos os envolvidos. Por isso, é essencial que as equipes de higienização sejam conscientes e bem capacitadas, para executarem seu trabalho de forma segura.

As equipes de limpeza e desinfecção são fundamentais para a segurança sanitária dos ambientes de saúde e desempenham um papel crucial na prevenção de infecções e na promoção da qualidade dos serviços de saúde. Portanto, é importante investir em capacitação e treinamento desses profissionais, garantindo que estejam aptos a executar suas funções com excelência e contribuir para a segurança de todos os envolvidos.

Todo estabelecimento de saúde possui um protocolo para a realização de sua adequada higienização. Como você viu, áreas de isolamento e precaução são orientadas por boas práticas institucionais, preconizadas pela ANVISA/Ministério da Saúde, tanto as genéricas quanto as específicas para determinadas doenças.

Agora que você conheceu os principais cuidados das equipes de apoio em áreas de isolamento em um hospital, descubra como garantir a segurança no ambiente hospitalar.

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