Realizar uma previsão orçamentária de condomínio deve ser uma das prioridades para qualquer síndico que deseja contar com uma gestão que tenha mais credibilidade e um entendimento mais preciso sobre as contas de sua administração.
Porém, apesar de sua importância, nem todo profissional sabe como aplicar no dia a dia de sua gestão, e também tem dificuldades de entender quais devem ser as melhores práticas para implementar. Afinal, trata-se de uma importante etapa do planejamento financeiro, que deve ser continuada ano a ano para trazer mais transparência aos moradores.
Pensando nisso, elaboramos este material para que você entenda do que se trata e como é possível elaborá-lo. Continue a leitura e saiba mais!
O que é a previsão orçamentária de condomínio?
Primeiro, vamos entender no detalhe sobre o que se trata a previsão orçamentária de condomínio. Trata-se de um estudo sobre o dinheiro arrecadado do condomínio para entender como ele deve ser gasto no próximo ano.
Para isso, o síndico fará uma avaliação sobre arrecadação do ano que começou e uma projeção do período seguinte. Depois, vai identificar quais são os gastos fixos e os variáveis e entender qual é a quantia que pode sobrar dentro dessa arrecadação.
A partir disso, vai aplicar quais seriam as prioridades do espaço, conforme o que for definido em assembleia. Aqui, abordamos sobre a previsão orçamentária ser anual, mas podemos fazer dentro de qualquer período, desde que isso seja regulamentado no regimento interno.
Há a possibilidade, por exemplo, de a previsão orçamentária ser trimestral, apresentada em assembleia e definidas as necessidades da gestão. Independentemente do tempo, é uma importante maneira de o espaço trazer mais transparência para todos os condôminos, contribuindo para mais credibilidade para a gestão de modo geral.
Como fazer a previsão orçamentária do condomínio?
A seguir, selecionamos algumas das principais dicas para fazer a previsão orçamentária do condomínio. Confira!
Tenha um controle das contas a pagar e a receber
Conforme abordamos, para que se faça uma previsão orçamentária, é preciso ter o entendimento sobre como foi a arrecadação de um período anterior. Nesse sentido, assim como em qualquer outro tipo de planejamento financeiro, é necessário que o síndico tenha um controle de todas as contas a pagar e a receber.
Além disso, é preciso selecionar as despesas entre fixas e variáveis. Como o próprio nome já diz, tratam-se daquelas que se alteram ao longo dos meses e aquelas que têm um valor pré-estabelecido.
O pagamento de funcionários é um custo fixo, enquanto a conta de água e luz variável. Mesmo as contas variáveis há a possibilidade de se fazer uma média mensal para um controle mais próximo, permitindo uma projeção mais efetiva.
Conte com um caixa preparado para gastos extras
É importante que o síndico enxergue a gestão de condomínio como uma espécie de gestão de empresa. Gastos extras podem surgir ao longo dos meses, sendo preciso que o caixa esteja preparado para isso.
Portanto, o ideal é que, na cobrança do condomínio, a empresa já tenha estabelecida uma quantia para o fundo de reserva. Ele será utilizado sempre que alguma eventualidade ocorrer.
Pode acontecer, por exemplo, de um telhado se quebrar com a força do vento. Ou, ainda, de precisar dedetizar fora de época todo o espaço. Independentemente de qual seja o imprevisto, se houver fundo de reserva vai ficar muito mais fácil de contornar o problema.
Tenha um planejamento financeiro anual
Independentemente de qual seja o período escolhido pelo síndico para fazer a projeção orçamentária, é importante contar com um planejamento financeiro anual. Entre os diferenciais de contar com essa estratégia, destacamos especialmente:
- possibilidade de entender quais são os meses de maior gasto (final do ano, por exemplo, é preciso haver o pagamento dos direitos trabalhistas dos condôminos);
- melhor previsibilidade para decisões estratégicas (caso haja a necessidade de qualquer tipo de obra);
- redução de custos, uma vez que a gestão vai identificar períodos de maior gasto e fazer uma projeção mais detalhada sobre alguns fornecedores (possibilitando a troca caso seja necessário);
- oportunidade de contar com um caixa sadio, entre outros.
Para um planejamento financeiro realmente eficaz, o passo anterior apresentado por nós é o primeiro passo. A partir do momento em que há o entendimento sobre as contas a pagar e a receber, fica mais fácil entender como é possível projetar o próximo ano.
Além disso, é preciso que tudo esteja previsto dentro desse orçamento, de modo que reduzam os riscos de haver qualquer tipo de surpresa.
Ter metas bem definidas também é importante para a gestão de um condomínio. Se ele conta com dívidas, por exemplo, uma boa meta é a de quitá-las antes do período de 12 meses, o que contribuiria para que novos projetos fossem apresentados em assembleia e futuramente implementados.
Tenha atenção quanto aos inadimplentes
Em um condomínio, um dos principais desafios de qualquer gestão é em relação aos inadimplentes. Portanto, caso perceba que esse número está aumentando, é preciso traçar uma estratégia que contribua para as pessoas quitarem suas dívidas e paguem em dia.
Caso contrário, todo o planejamento pode ir “por água abaixo”, uma vez que o controle de contas a receber ficará defasado. Por isso, sempre que perceber que determinado morador está atrasado e acumulando prestações, é necessário ter um plano de ação:
- como deve ser a cobrança;
- quando a inadimplência se torna preocupante;
- como isso afeta a gestão do condomínio, entre outros pontos.
Assim, além de você contar com todas as contas a receber em dia, também pode firmar um melhor relacionamento com os moradores, traço essencial para que os projetos possam ser executados e aprovados nas assembleias.
Neste material, você pôde entender um pouco mais sobre a previsão orçamentária do condomínio. Como vimos, trata-se de um plano essencial para a sua gestão ter mais transparência e credibilidade.
Além desse ponto, também indicamos entender quais são os fornecedores contratados, quais são as possibilidades de terceirização, entre outras medidas que contribuam para uma gestão mais eficaz.
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